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Dunga defende CPI contra Instituto R10 e vê chance para craque 'sair por cima'

Ex-técnico da seleção alterna entre defesa do jogador e questionamentos sobre o caso - Silvia Izquierdo/AP
Ex-técnico da seleção alterna entre defesa do jogador e questionamentos sobre o caso Imagem: Silvia Izquierdo/AP

Jeremias Wernek

Em Porto Alegre

08/12/2011 06h01

Desafetos na seleção brasileira, Dunga e Ronaldinho Gaúcho voltam a estar em lados opostos. Se às vésperas da Copa do Mundo da África do Sul o então treinador do Brasil se recusou a convocar o meia, agora o problema é no âmbito dos projetos sociais. O ex-volante defende a instauração da CPI para apurar as finanças do Instituto Ronaldinho Gaúcho, já extinto.

“Eu acho que é bom tanto para o R10 quanto para prefeitura. Acredito que ele não vai deixar seu nome ser manchado por alguma coisa que não seja verdadeira”, afirmou o ex-técnico da seleção brasileira ao UOL Esporte.

Mas ao mesmo tempo em que apóia a iniciativa da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Dunga questiona o mérito para que as investigações tenham sido abertas quase um ano após o encerramento das atividades do projeto.       

“É algo estranho, pois antes de renovar um contrato [de ONG com prefeituras] tem que ter um carimbo, o projeto tem que ser aprovado. E agora quer se fazer a CPI? Quase dois anos depois do último contrato? Então é algo que não soa bem, soa estranho, na verdade. Mas que venha a CPI”, disse Dunga.

Para Dunga, que também toca entidades de assistência a jovens em Porto Alegre, a investigação pode fazer Ronaldinho sair por cima das críticas. E não permitir que seu nome seja mais difamado publicamente.

A ideia de abrir investigações sobre os contratos da ONG de Ronaldinho com a prefeitura partiu do vereador Mauro Pinheiro, do PT. Recentemente, um computador foi furtado de uma sala da Câmara de Vereadores. No disco rígido do aparelho estavam dados sobre o Instituto e todos os testemunhos levantado até aquele momento do caso.