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Confiante na reeleição, Kalil diz que em 2012 deixará de ser 'pai' para virar 'padrasto'

Alexandre Kalil promete "linha dura" no trato com jogadores do Atlético em 2012 - Bruno Cantini/Site do Atlético-MG
Alexandre Kalil promete 'linha dura' no trato com jogadores do Atlético em 2012 Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

Bernardo Lacerda

Em Belo Horizonte

09/12/2011 06h00

Apesar de ter a permanência na presidência do Atlético-MG indefinida, já que haverá eleição no clube no próximo dia 15, o presidente Alexandre Kalil, insatisfeito com a postura da equipe nos jogos decisivos, afirma que modificará a maneira de gerir o clube e também no “trato” com os jogadores.

“Não sou muito de conversar com jogador, converso até pouco, vou tentar ser mais profissional, vou exigir mais profissionalismo, e vou ser mais profissional”, disse Alexandre Kalil, em entrevista ao UOL Esporte.

Acostumado a “chamar a responsabilidade” depois de derrotas e insucessos do Atlético, o presidente divide com os jogadores. “Temos de dividir responsabilidades, vejo todos dividirem responsabilidades, só eu levo a culpa, a derrota é minha, mas a goleada não é minha”, disse Kalil.

Essa anunciada mudança de postura, caso seja reeleito na próxima quinta-feira, foi provocada pela goleada imposto pelo rival Cruzeiro, por 6 a 1, na última rodada do Brasileiro, que livrou o adversário do rebaixamento.

“A derrota para o Cruzeiro é um fato triste, amargo, mas presidente do Atlético tem de colocar a carinha dele aqui e dizer, estamos envergonhados, estamos com vergonha do que aconteceu”, acrescentou Kalil.

O dirigente atleticano afirmou que a dura derrota para o maior rival serviu de aprendizado para uma mudança na maneira de trabalhar em 2012. “O presidente tem de aprender com as coisas e eu aprendi. Bateu na nossa cara, no nosso coração, vai ter preço mensurável. O paizinho acabou, serão três anos de padastro agora”, afirmou Kalil.

“Vai ter uma mudança de postura é isso, se bateu, vai levar, se tivesse perdido de 1 a 0, 2 a 0, a culpa era minha, de seis não é, é de quem estava lá dentro. Assumo tudo, mas perna bamba não assumo, não é culpa minha”, acrescentou o dirigente atleticano.

O zagueiro Réver afirma que entende a mudança de postura do presidente atleticano. “A gente entende o presidente, como ele deve estar se sentindo. Mas a gente é profissional, a vida continua. A gente tem de mostrar que é forte”, disse o zagueiro, em entrevista à Rádio Itatiaia.