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Kassab diz que ajudará projeto de reforma do Morumbi mesmo que seja ilegal

"Quando se tem ética, você envia um projeto para a Câmara e o torna legal", diz Kassab - Juca Varella/Folhapress
"Quando se tem ética, você envia um projeto para a Câmara e o torna legal", diz Kassab Imagem: Juca Varella/Folhapress

Thales Calipo

Em São Paulo

20/12/2011 17h56

O São Paulo conseguiu o apoio político das esferas municipal e estadual para a reforma do estádio do Morumbi, que prevê a instalação de uma cobertura, além da construção de uma arena multiuso e de um hotel, projeto orçado em até R$ 400 milhões. O prefeito Gilberto Kassab, depois de dizer que pretende ajudar todos os clubes grandes da cidade, disse que, mesmo que o projeto para as obras no estádio tricolor sejam ilegais, irá trabalhar para que seja aprovado na Câmara.

“Espero que em breve possamos receber o projeto na Prefeitura para ser analisado, seja para aprovação, seja para o que precisar ser feito. [Em algumas situações] têm coisas ilegais, mas quando se tem ética, você envia um projeto para a Câmara e o torna legal”, discursou o prefeito, durante o evento de lançamento da parceria do clube com a Andrade Gutierrez, construtora que será responsável pela obra.

Kassab ainda utilizou como exemplo para “coisas ilegais” um projeto de lei aprovado recentemente na Câmara que permitirá que estabelecimentos comerciais sem alvará de funcionamento continuem abertos e tenham até quatro anos para regularizar toda a situação.

Apesar dos planos ambiciosos de reforma, o São Paulo tem enfrentado muita resistência por parte de grupos de moradores do Morumbi, que entraram na Justiça contra a obra, alegando que as colunas de sustentação da cobertura metálica ocupariam parte das ruas, prejudicando assim o trânsito. Além disso, os grandes jogos de futebol e shows também são alvos constantes de reclamação por parte dos vizinhos.

“No início da construção do estádio havia um córrego chamado Antonico, que passa debaixo do Morumbi. E não havia nada mais aqui além de mato e árvores. Os cidadãos vieram para cá ungindo pelo estádio. Um o outro não quer barulho após as 22h, por exemplo, mas a lei está defasada”

Além do apoio político para viabilizar a obra, o São Paulo também conta com a promessa de que importantes obras de mobilidade pública estarão concluídas em até dois anos. A principal delas é a linha 17 de monotrilho, que passará pelo aeroporto de Congonhas e será interligada com a linha 4 do metrô.