Polícia do RS trata ex-líder de torcida do Internacional como foragido

O ex-líder da torcida Guarda Popular do Internacional, Jorge Roberto Gomes Martins, conhecido como Hierro Martins, de 40 anos, não se apresentou espontaneamente à polícia nesta quinta-feira e passou a ser considerado foragido. Como teve conhecimento da decisão da Justiça, o torcedor deveria ter se apresentado, mas tal fato não ocorreu e o nome do réu passou a constar como procurado no sistema de consultas integradas.

A juíza Elaine Maria Canto da Fonseca, da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, havia decretado a prisão preventiva na última quarta-feira depois de flagrar Hierro nas imagens de vídeo da confusão ocorrida após o jogo de despedida do ex-jogador Fabiano, no estádio Beira-Rio, no dia 7 de dezembro. Na briga, quatro pessoas ficaram feridas, três com cortes de facas e estiletes. Uma das vítimas teve três tendões dos dedos da mão esquerda cortados. Após tomar conhecimento da violência entre as torcidas, o Inter excluiu a Guarda Popular do Inter e a Popular do Inter do cadastro oficial.

Hierro responderá pelos crimes de tentativa de homicídio, formação de quadrilha e por promover tumulto, praticar ou incitar a violência [artigo 41-B do Estatuto do Torcedor]. Além do ex-líder, os torcedores Ranieri Tafernaberri Cardozo, o Maninho, e Rodrigo Cesar Candria Borges, o Bodão, responderão pelos mesmos crimes. Todos os réus também estão impedidos de comparecer a eventos do clube e terão que manter uma distância mínima de 100 metros de Gustavo Schwingel, uma das vítimas que foi esfaqueada.

Durante todo o dia, policiais fizeram buscas na residência dele e na casa de amigos e parentes, mas Hierro não foi encontrado. Como havia viajado nos últimos dias de 2011 para Bombinhas, em Santa Catarina, os órgãos de segurança do RS encaminharam o pedido de prisão para a polícia catarinense. Mesmo com a expectativa de que ele se apresente espontaneamente, os policiais gaúchos seguem realizando buscas para tentar encontra Jorge Martins.