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Flamengo se prende a 'novelas', esquece o mercado e pode ficar sem reforços de peso

Luxemburgo e Patrícia Amorim sabem que o Flamengo precisa "correr contra o tempo" - Alexandre Vidal/ Fla Imagem
Luxemburgo e Patrícia Amorim sabem que o Flamengo precisa "correr contra o tempo" Imagem: Alexandre Vidal/ Fla Imagem

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Londrina (PR)

14/01/2012 06h03

Felipe; Léo Moura, Alex Silva, Welinton e Júnior César; Airton, Willians, Luiz Antônio e Renato Abreu; Ronaldinho Gaúcho e Deivid. Presa a "novelas" envolvendo as negociações de possíveis reforços e renovações de contrato, a versão do Flamengo para a primeira partida deste ano, contra o Londrina, na última quinta-feira, periga ser a definitiva para a temporada 2012.

IMPASSES QUE SE ARRASTAM NO FLA

  • Alexandre Vidal/ Fla Imagem

    Contrato de Thiago Neves com o Fla se encerrou no final de 2011 e jogador ainda não sabe se continua

  • Divulgação

    Vagner Love já demonstrou vontade de voltar ao Flamengo, mas a novela está longe de final feliz

Enquanto não consegue resolver os impasses relacionados à permanência de Thiago Neves e ao possível retorno de Vagner Love, a diretoria do rubro-negro parece esquecer o mercado de contratações e corre o risco de iniciar as principais competições do ano sem um grande reforço. Itamar e Magal, contratados apenas para compor elenco, podem ser as únicas caras novas de um time que já mostrou estar bem longe de ser o ideal.

Ciente das limitações e deficiências do time, o técnico Vanderlei Luxemburgo, que se quiser manter seus "projetos" vivos, precisa de pelo menos mais dois reforços, não esconde sua insatisfação com a falta de novas peças. E quem o acompanha é Ronaldinho Gaúcho. Estrela solitária da companhia, o camisa 10 também fecha a cara com outros assuntos, como a falta de pagamento em função da indefinição sobre o contrato entre clube e Traffic, empresa que irá explorar sua marca no rubro-negro.

E a situação já começa a incomodar a todos dentro do clube. Nos bastidores, segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, algumas peças importantes dentro da política do clube já não aguentam mais os imbróglios e a obsessão da diretoria em contar com dois jogadores que parecem cada vez mais distantes a cada dia que passa.

Para alguns diretores e conselheiros, chegou a hora do Flamengo procurar alternativas antes que seja tarde demais. De volta à Libertadores, os rubro-negros não aceitam que mais um erro de planejamento diante de tantas dificuldades financeiras atrapalhe o time na competição mais importante dos últimos anos.

Na caso de Vagner Love, a diretoria já começa a aceitar a derrota. Sem dinheiro e com dificuldade para convencer os russos a aceitarem um valor menor, o clube praticamente deu adeus ao sonho de repatriar o atacante do amor. Na "novela Thiago Neves", o Flamengo aposta na palavra do empresário Léo Rabello, que garante não negociar com nenhum outro clube, para acreditar que o meia permanecerá no rubro-negro.

EMPRESÁRIO GARANTE QUE THIAGO NEVES FICA NO FLA

O Thiago falou comigo hoje (sexta-feira) e garantiu que o negócio dele é o Flamengo. Só negociei com o Flamengo

Léo Rabello, empresário de Thiago Neves, sobre especulações de acerto com o Flu

"O Thiago falou comigo hoje (sexta-feira) e garantiu que  negócio dele é com o Flamengo. Da minha parte, a opinião é a mesma. Só negociei com o Flamengo. O clube mandou uma proposta, os árabes receberam, e agora estamos esperando uma resposta. Só isso", garantiu o representante do jogador, rechaçando especulações de um possível retorno do meia ao Fluminense, o que deixaria o clima ainda pior no rubro-negro.

Diante de cenário tão conturbado, a alto comando do clube corre para amenizar o problema com time, torcida e conselheiros. Para a pré-Libertadores, em função do pouco tempo (time joga dia 25, na Bolívia, contra o Real Potosí), a tendência é que não haja novidade. Para o restante da temporada, no entanto, a diretoria tem até o dia 31 de janeiro, data limite para transferências internacionais, para mudar o foco, pensar em novas alternativas e evitar uma crise ainda maior.