Flamengo viaja para a Bolívia tentando fugir da crise e 'juntar os cacos' para a Libertadores
Após 12 dias de pré-temporada em Londrina (PR), o saldo do Flamengo não parece ser dos piores, com uma vitória sobre o time da casa, um empate em um clássico e um condicionamento físico muito elogiado pela comissão técnica. No entanto, apesar do balanço positivo dentro de campo, o que se vê fora dele, na delegação que deixou a cidade paranaense no último domingo, é um elenco abalado por uma crise que parece não ter fim.
Assis recua em reunião com o Flamengo e garante presença de Ronaldinho na Bolívia
Apesar de toda o impasse envolvendo a ida de Ronaldinho Gaúcho à Bolívia, onde o Flamengo enfrenta o Real Potosí, o craque está garantido na delegação rubro-negra que embarca para o país sul-americano nesta segunda-feira. Após uma reunião na tarde deste domingo, em Porto Alegre, com representantes do clube rubro-negro, o irmão e empresário do craque, Assis, recuou na ameaças feitas e confirmou a participação do jogador na partida do próximo dia 25, pela pré-Libertadores
Rumo à Bolívia, nesta segunda, para a disputa da pré-Libertadores, o rubro-negro tenta "juntar os cacos" e vai em busca da paz que passou bem longe nos dias de preparação no Brasil. A premissa de se acostumar à altitude nos oito dias que antecedem a partida decisiva contra o Real Potosí acabou ficando em segundo plano, e o grande objetivo desta segunda parte da preparação passou a ser o de encerrar uma crise que ameaça a participação do clube na competição mais importante do ano.
Distante momentaneamente do centro do furacão rubro-negro, o técnico Vanderlei Luxemburgo busca se concentrar apenas na preparação, mas não esconde as mágoas com a "guerra fria" que tomou conta do clube nos últimos dias e prometeu uma resposta à altura.
"Vou trabalhar muito para classificar o time. Acredito até que esse tempo longe será importante, mas não vou esquecer do 'Cala a boca, Luxa' que me deram. Quando voltar, vou esclarecer tudo que rolou aqui (Londrina). Porém, o momento agora é de ficar calado e tentar um pouco de paz", disse o treinador, visivelmente incomodado com as declarações da presidente Patrícia Amorim, que pediu silêncio aos envolvidos na polêmica dos salários atrasados (Luxemburgo e Michel Levy, vice de finanças).
Outro personagem da crise do clube, o atacante Deivid, que tem cerca de R$ 6 milhões de direitos de imagem atrasados a receber, evitou o desespero e mostrou tranquilidade na hora de comentar o momento conturbado. Segundo ele, chegou a hora do time parar de procurar desculpas fora de campo e consertar os erros, antes que seja tarde demais.
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"Tudo isso é muito preocupante, principalmente quando atrapalha o rendimento da equipe dentro de campo. Temos os dois jogos mais importantes do ano em poucos dias e precisamos ajustar muitas dessas coisas. Chegou a hora de trabalhar. Não podemos mais procurar desculpas para o que não está dando certo", ressaltou Deivid.
Além de Deivid, os zagueiros Alex Silva e Welinton, o lateral Léo Moura e o meia Ronaldinho Gaúcho têm vencimentos a receber do clube. O último, inclusive, só teve sua situação definida no último domingo, após reunião de seu irmão e empresário, Assis, com a cúpula do futebol rubro-negro. O craque ameaçou não viajar à Bolívia caso as dívidas não fossem equacionadas.
Maratona até Potosí
Além de deixar para trás a crise interna, o Flamengo terá que superar uma verdadeira maratona até a próxima quinta-feira, data da partida contra o Potosí. O time deixa São Paulo, onde passou a última noite, na tarde desta segunda-feira e chega à Santa Cruz de La Sierra (BOL) no final da noite. No dia seguinte, a equipe embarca para Sucre, a 2.800 metros de altitude, onde fará o seu período de preparação, incluindo um amistoso contra o Universitário no dia 20. E só então no dia 24, a equipe se desloca para Potosí, onde realiza o jogo decisivo pela Pré-Libertadores.
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