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Adriano terá de superar ira da torcida e desconfiança de elenco e diretoria para voltar

Torcida gritou "fora, Adriano", "a paciência acabou" e "o Coringão não precisa de você" - Rubens Cavallari/Folhapress
Torcida gritou "fora, Adriano", "a paciência acabou" e "o Coringão não precisa de você" Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress

Carlos Padeiro

Do UOL, em São Paulo

19/01/2012 06h00

O amistoso contra a Portuguesa na noite da última quarta-feira, planejado para homenagear o ídolo Sócrates e preparar o Corinthians para a estreia no Campeonato Paulista, serviu de termômetro para avaliar o estrago causado por mais um ato de indisciplina de Adriano, que faltou ao treino de terça.

Talvez nem o próprio jogador tenha imaginado que a sua ausência repercutiria tão mal dentro do grupo de jogadores, comissão técnica e diretoria. Para piorar, a torcida mostrou sua rejeição ao xingá-lo e gritar “fora, Adriano”, “a paciência acabou” e “o Coringão não precisa de você”.

Nesta quinta-feira, acontece, no CT Joaquim Grava, uma reunião de Tite e dirigentes com o Imperador. A cobrança será ríspida.

A nova falha de Adriano foi como um balde de água fria, porque todos estavam satisfeitos com a dedicação do centroavante neste início de temporada e confiantes na sua recuperação.

Questionado se o Imperador é um mau elemento para o elenco, Tite deu o recado. “Não hoje, mas ele precisa se reconduzir.”

Apesar de exigir publicamente mais vontade do camisa 10, o treinador evita queimá-lo ou dizer que ele não faz mais parte dos planos.

“Calma! Está todo mundo chateado porque ele faltou ao treino. Se não tivesse faltado, não teria acontecido isso. Ele tem que querer mais. O importante é ele querer, porque nós todos queremos”, comentou o comandante corintiano.

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No sábado, às 17h, o Timão estreia no Campeonato Paulista diante do Mirassol, no Pacaembu. A tendência é para que Adriano sequer fique no banco de reservas. Liedson será o titular, com Élton como opção no banco. Seria uma forma de colocá-lo na geladeira.

Os cartolas não falam em rescisão contratual. Alegam que teriam de pagar o salário do polêmico jogador até junho, quando termina o vínculo trabalhista. A não ser que apareça algum clube interessado em levá-lo.

Segundo informou o Blog do Perrone, “a diretoria já trata o Imperador como página virada no Parque São Jorge. Apenas conta os dias para a sua saída ao término do contrato, no final de junho”.

O goleiro Julio Cesar, um dos líderes do elenco, afirmou que os torcedores estão no direito de questionar o atacante. “A nossa torcida apoia muito, mas também é dura quando tem que cobrar. E acho que eles têm que cobrar que a gente chegue no horário e não falte ao treino.”

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