Capello se demite da seleção da Inglaterra a quatro meses da Eurocopa

Fabio Capello não é mais técnico da seleção da Inglaterra. O treinador pediu demissão nesta quarta-feira, informa o site oficial da Associação de Futebol da Inglaterra (FA). O italiano, que assumiu a equipe em 2008, deixa o cargo apenas quatro meses antes da disputa da Eurocopa, disputada na Polônia e Ucrânia em junho.

A decisão se deu devido a uma discussão entre Capello e a cúpula da FA a respeito do cargo de capitão do time. Diretores da Associação optaram por tirar a braçadeira do zagueiro John Terry, envolvido em acusações de racismo. A punição valeria até julho, quando o jogador do Chelsea será julgado sobre o assunto. Ele é acusado de ter ofendido o também zagueiro Anton Ferdinand, do Queen Park Rangers, durante partida do Campeonato Inglês.

O fato, no entanto, desagradou ao treinador, que reclamou publicamente à rede de televisão italiana RAI no último domingo. “Eu falei com o diretor e expressei que não acho que alguém possa ser punido até que isso se torne oficial. A corte decidirá. A situação está seguindo para a justiça civil, não a esportiva, para decidir se John Terry cometeu o crime do qual ele é acusado. Eu penso que até lá a braçadeira de capitão deve ser mantida”, declarou Capello.

Após reunião que durou uma hora nesta quarta-feira, o presidente da FA, David Bernstein, aceitou o pedido de demissão do técnico. Em comunicado no site da entidade, o dirigente agradeceu ao italiano pelos serviços prestados durante quatro anos.

“Fabio se portou de forma extremamente profissional. Nós aceitamos sua demissão, concordando que é a decisão correta”, disse Bernstein. “Gostaríamos de agradecê-lo por seu trabalho na seleção da Inglaterra e desejamos sucesso a ele no futuro”.

Sob comando de Capello, a equipe inglesa disputou 42 jogos e registrou 28 vitórias, oito empates e seis derrotas. O time alcançou as oitavas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e garantiu vaga na Euro-2012. A Inglaterra está no grupo D, ao lado de Ucrânia, Suécia e França.