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Salário alto de Zé Roberto causa divergências no Santos e dificulta negociação com o meia

Negociações emperram e Zé Roberto não será inscrito na 1ª fase da Copa Libertadores - Daniel Kfouri/France Presse
Negociações emperram e Zé Roberto não será inscrito na 1ª fase da Copa Libertadores Imagem: Daniel Kfouri/France Presse

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

10/02/2012 14h54

A cúpula santista passou os últimos dias discutindo sobre o alto investimento que o clube terá que fazer para repatriar o meia Zé Roberto, que rescindiu com o Al Gharafa, do Qatar. Como o UOL Esporte informou com exclusividade na última terça-feira, as negociações com o jogador foram reabertas. O clube estudava a possibilidade de repetir a estratégia feita para repatriar Robinho em 2010, pagando um salário de um R$ 1 milhão para contratar Zé Roberto.

No entanto, houve divergências entre os dirigentes, principalmente pelo fato de investir alto em um atleta de 37 anos. O vice-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, declarou que considera impossível atender ao pedido salarial de Zé Roberto e, por isso, as negociações estão paralisadas.

“Sobre o Zé Roberto, tivemos contato com o seu representante na semana passada, ele está em situação rescisória com o clube dele, não está fácil, envolve dinheiro e há a resistência do clube. Num primeiro momento o procurador dele assinou um valor mensal de contrato, o Santos achou alto e paramos essas negociações”, afirmou o dirigente.

O UOL Esporte também apurou que, representantes do meia Zé Roberto e dirigentes santistas discutiram nos últimos dias o valor de R$ 700 mil mensais. O comitê gestor do Santos, formado por sete membros, mais o presidente e o vice, divergem sobre o investimento para repatriar o meia.

Como o Santos deve voltar a conversar com Zé Roberto apenas na próxima semana, o clube não conseguirá inscrever o atleta para a primeira fase da Copa Libertadores da América. O técnico Muricy Ramalho terá que entregar a lista dos 25 atletas inscritos para a competição continental na próxima segunda-feira.

“Acho que é difícil a vinda do Zé Roberto, se acontecer alguma coisa será só para a segunda fase da Libertadores. Então, o Santos vai esperar acabar a rescisão para voltar a conversar com o jogador, e nas primeiras pretensões salariais fica impossível a negociação do Zé Roberto”, disse o vice-presidente.