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Drogba perde pênalti, Zâmbia vence a Costa do Marfim nos pênaltis e conquista Copa Africana

Jogadores de Zâmbia correm para comemorar o título da Copa Africana de Nações - AFP PHOTO / FRANCK FIFE
Jogadores de Zâmbia correm para comemorar o título da Copa Africana de Nações Imagem: AFP PHOTO / FRANCK FIFE

Do UOL, em São Paulo

12/02/2012 20h34

Carregar o status de principal nome da Costa do Marfim pesou para Didier Drogba. Neste domingo, na decisão da Copa Africana de Nações, contra Zâmbia, ele teve a grande chance de colocar seu país à frente do placar, ainda no tempo normal. Não aproveitou ao desperdiçar um pênalti. Sorte de Zâmbia, que, na decisão por pênaltis, teve melhor aproveitamento e venceu por 8 a 7 (0 a 0 no tempo normal e prorrogação).

Este é o primeiro título de Zâmbia na competição, quase 19 anos depois de uma tragédia que abalou o país. Em 1993, 18 jogadores da seleção do país morreram em uma explosão aérea, no avião que levava o time para uma partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O título deste domingo foi na mesma cidade do acidente: Libreville, no Gabão.

No primeiro tempo de partida, os times protagonizaram um grande espetáculo. Ambos partiram para cima e tiveram chances de abrir o marcador. Os goleiros Mweene e Barry também se destacaram e impediram os atacantes rivais de marcarem. Aos 25 minutos do segundo tempo, a Costa do Marfim teve a chance de abrir o placar e se aproximar muito do título. Gervinho foi derrubado na área e o juiz marcou pênalti. Didier Drogba, um dos maiores nomes do futebol marfinense, assumiu a responsabilidade e foi para a cobrança. Mas errou. Em uma cobrança bizarra, isolou a bola por cima do gol. 

Depois do erro, a Costa do Marfim partiu ainda mais para cima de Zâmbia, na tentativa de evitar que o jogo fosse para a prorrogação. Após algumas chances bloqueadas pela zaga rival, os marfinenses tiveram boa oportunidade aos 45, mas o chute de Gervinho, dentro da pequena área, passou muito perto da trave esquerda do goleiro zambiano.

Na prorrogação, quem começou melhor foi Zâmbia, principalmente em oportunidades criadas nos pés de Katongo, um dos artilheiros da equipe na competição, com três gols. Em uma delas, a bola quase entrou, mas o goleiro conseguiu salvar com a ponta da chuteira. Após os oito minutos, a Costa do  Marfim conseguiu neutralizar o duelo e até tentou criar chances de gol. Em uma delas, mais uma vez Gervinho invadiu a grande área, mas chutou fraco e não causou problemas à zaga rival. 

O segundo tempo foi bastante equilibrado. As duas seleções tentaram evitar os pênaltis, mas não deu certo. Os dois goleiros se destacaram e evitaram que os rivais marcassem. Assim, a decisão foi para os pênaltis. 

E a disputa foi digna de uma decisão. As duas seleções aproveitaram as cinco cobranças regulamentares e também duas extras (7 a 7). Outro astro marfinense, Kolo Touré quase tornou-se vilão. Perdeu o oitavo pênalti e deu a chance de Kalabra dar o título a Zâmbia. Mas ele também errou. Na sequência foi a vez de Gervinho isolar a bola na lateral do gol. Zâmbia, desta vez, aproveitou, marcou e comemorou o principal título de sua história.