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Presidente do Santos mobiliza parada no Brasileirão para clubes jogarem no exterior

Presidente do Santos concedeu entrevista nos estúdios do UOL em São Paulo - Priscila Gomes/UOL
Presidente do Santos concedeu entrevista nos estúdios do UOL em São Paulo Imagem: Priscila Gomes/UOL

Bruno Freitas e Fernando Faro

Do UOL, em São Paulo

17/02/2012 16h39

O presidente do Santos Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro afirmou que lidera uma mobilização entre os clubes de elite do país a favor de uma paralisação do calendário nacional, com o Brasileirão já em andamento. Tudo em nome da possibilidade de que os grandes times da Série A jogarem amistosos no exterior.

Luís Álvaro esteve nos estúdios do UOL em São Paulo nesta sexta-feira e relatou que espera reunir representantes dos clubes nacionais em março para debater o tema. O dirigente santista espera fazer valer a reivindicação já neste ano, mas precisa da anuência de CBF e da Rede Globo, emissora que detém os direitos de transmissão do Brasileiro.


"Eu pretendo reunir os outros presidente de clube para tentar conseguir da CBF e da emissora que detém os diretos de transmissão a autorização para realizar quatro amistosos lá fora. Tive uma informação de bastidores do Rio de Janeiro de que os clubes teriam 15 dias em 2013 para se organizar e jogar torneio fora. Mas acho que é tarde demais. Já é muito próximo da Copa do Mundo", afirmou o presidente santista.

O cartola diz que o despertar para a necessidade de intercâmbio técnico com equipes do exterior surgiu após a goleada sofrida para o Barcelona por 4 a 0 na decisão do Mundial de Clubes da Fifa, no fim de 2011. O argumento é de que o futebol nacional está defasado com o melhor da atualidade estrangeira.

"Eu voltei do Japão depois da nossa derrota para o Barcelona convencido de que precisamos oxigenar nosso futebol. Nós estamos muito virados para o nosso próprio umbigo. Fomos derrotados por um novo futebol, que a gente não conhecia", disse.

Segundo Luis Álvaro, a meta de internacionalização da marca do Santos é um obsessão de sua administração no clube, atualmente em segundo mandato. O dirigente diz que tem sido intensamente assediado desde o ano passado por jornalistas estrangeiros interessados no noticiário do time.