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Justiça nega novo pedido do MP para anular alvará de reforma do estádio do Palmeiras

Obras da Nova Arena poderão continuar sem nenhuma interferência do Ministério Público - Reprodução/W Torre
Obras da Nova Arena poderão continuar sem nenhuma interferência do Ministério Público Imagem: Reprodução/W Torre

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

05/03/2012 14h49

A Justiça de São Paulo negou mais um recurso do promotor do Ministério Público José Carlos Freitas para anular o alvará de reforma da Nova Arena. Em uma decisão anunciada na última quinta-feira, o relator Eduardo Braga considerou inválida a informação de que o alvará concedido ao Palmeiras já havia caducado pela falta de execução das obras.

“Quanto à alegação de que as obras teriam sido paralisadas por mais de um ano, o que teria gerado a caducidade do alvará, tem-se que, em principio, a Municipalidade de São Paulo aceitou a afirmação dos interessados nas obras, ou seja, que estas não tiveram paralisação conforme foi alegado. Portanto, até prova em contrário, tal pronunciamento deve ser tido como válido. Outrossim, a ampliação das instalações não descaracterizam a reforma, eis que devidamente autorizadas pelo alvará”, disse Braga por meio de seu relatório.

Sendo assim, as obras da Nova Arena seguem normalmente, como já era o esperado tanto pelo clube como pela WTorre, construtora responsável pelas obras do novo estádio do Palmeiras.

José Carlos Freitas era municiado com documentos por conselheiros que eram contra a construção do estádio palmeirense. Gilto Avallone chegou a admitir que enviou documentos para o promotor. Segundo o conselheiro, estavam descumprindo algumas leis, como a de preservação do meio ambiente, por exemplo.

Internamente, ele ainda é um dos maiores críticos do contrato assinado na gestão passada. Segundo ele, a WTorre vai ganhar muito mais dinheiro do que vai investir e ainda entregará prédios sem nenhuma parte mobiliada. 

O alvará da Arena ainda está envolvida em outra polêmica. Arquitetos cobram R$ 10 milhões alegando que o clube conseguiu o documento que permite a construção com base em um projeto desenvolvido por eles, que acabou preterido por outro assim que a WTorre assumiu as obras.