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Marcelinho Paraíba se diz "azarado" e conta ter sido ameaçado após acusação de estupro

Marcelinho Paraíba, meia do Sport, se diz azarado e não polêmico e conta seus "causos" no futebol - Divulgação
Marcelinho Paraíba, meia do Sport, se diz azarado e não polêmico e conta seus "causos" no futebol Imagem: Divulgação

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

23/03/2012 06h00

Nos últimos tempos, Marcelinho Paraíba foi punido por brigar em pleno gramado, vociferou contra a imprensa após perder um dente em campo, teve a habilitação apreendida ao recusar um teste de bafômetro e foi até acusado de estupro. “Azarado”, segundo ele mesmo, o meia do Sport admite o gosto pela noite, diz que o dia que passou preso no ano passado foi o pior de sua vida e que chegou até a ser ameaçado de morte na ocasião.

“Eu me assustei porque ele estava muito alterado. Ele ameaçou a mim e aos jornalistas. Minha família também ficou assustada com ele, porque ele podia fazer algum mal a mim. No dia ele foi ao sítio, me agarrava, disse que ia dar um tiro na minha cara. Eu estranhei a atitude dele, porque ele já tinha ido ao meu sítio algumas vezes”, disse o jogador, referindo-se a Rodrigo Rêgo, delegado que é irmão de Rosália de Abreu, suposta vítima do jogador. 

O episódio que levou o ex-jogador de São Paulo, Grêmio e seleção brasileira à cadeia aconteceu em 30 de novembro do ano passado. Marcelinho estava em uma festa em seu sítio quando supostamente tentou estuprar Rosália, de 31 anos, que diz ter sido agarrada pelo jogador e forçada a beijá-lo.

ASSISTA AO VÍDEO EM QUE O DELEGADO AGRIDE E AMEAÇA DOIS REPÓRTERES

O jogador foi preso e o caso ganhou contornos ainda mais violentos por conta do irmão da vítima, o delegado Rodrigo Rêgo, que chegou a agredir e ameaçar com uma arma repórteres que tentaram entrevista-lo na porta da delegacia (confira no vídeo abaixo). Segundo Marcelinho, tudo não passou de armação. Dias depois, Rêgo foi afastado do cargo.

No início deste mês, o Ministério Público da Paraíba decidiu devolver à Polícia Civil o inquérito que acusava o jogador, alegando que as provas eram insuficientes. A delegada responsável terá de tentar reunir mais evidências até o início de abril ou o processo será arquivado.

O acúmulo de confusões que envolvem Marcelinho, no entanto, impressiona. O jogador diz não ser polêmico, mas diz que teve azar com a sequência de polêmicas em que se envolveu. Na última delas, ele foi parado por uma blitz da Lei Seca e teve a carteira de habilitação apreendida após se recusar a fazer o teste de bafômetro.

“Tive o azar de ser pego na batida. A lei me dá o direito de não fazer o exame. Tinha tomado umas três quatro taças de vinho em um jantar com a minha mulher e meus filhos. Com certeza, se fizesse o exame eu ia ser pego, mas eu não estava embriagado”, diz Marcelinho.

A relação com a bebida é longa na vida do jogador. O meia conta que costuma sair à noite desde os tempos de São Paulo, no fim da década de 1990, mas faz questão de ressaltar que nunca deixou o gosto pelas baladas afetar seu desempenho em campo. Por isso, ele dá um conselho a jogadores como Adriano, que sofrem ao entrar no gramado após as longas noites.

“O que eu tenho para falar é que já que ele não consegue fazer o que gosta e dar o resultado, ele tem de segurar um pouco. Diminuir a saída e a bebida. Até porque eu torço muito por ele. Ele é um ídolo. Só que infelizmente não tá conseguindo jogar por causa disso. Pelo menos que ele diminua as noitadas”, disse Marcelinho.