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Torcedor palmeirense é enterrado em São Paulo; polícia desconhece autor do disparo

André Alves, 21, foi atingido com uma bala no rosto durante briga na Zona Norte - Léo Barrilari/Frame/AE
André Alves, 21, foi atingido com uma bala no rosto durante briga na Zona Norte Imagem: Léo Barrilari/Frame/AE

Do UOL, em São Paulo

26/03/2012 15h45

O torcedor do Palmeiras, André Alves Lezo, 21, foi enterrado nesta segunda-feira no cemitério do Jaraguá, em São Paulo. Ele foi morto em briga generalizada entre torcedores palmeirenses e corintianos, na Zona Norte. A polícia afirma desconhecer o autor do disparo e investiga se a confusão foi motivada por vingança.

 

No ano passado, o corintiano Douglas Silva foi espancado e morto por dezenas de torcedores do Palmeiras próximo à Marginal Tietê. A vingança pode ter ocorrido neste domingo, vitimando André Alves.

Integrante da Mancha Verde, André Alves foi enterrado com a presença de integrantes da torcida uniformizada, a pedido da família. A imprensa não teve acesso. O Palmeiras se ofereceu para auxiliar no custeio do enterro. O caso será analisado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

A Mancha Verde acusa a Gaviões da Fiel de premeditar a briga na avenida Inajar de Souza. A torcida uniformizada do Palmeiras se pronunciará sobre o caso na terça-feira. Pelo menos 500 torcedores brigaram na avenida da Zona Norte. Apenas duas viaturas faziam a escolta dos torcedores palmeirenses, que passavam pelo local.

Presente no enterro de André, o gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio, disse que o clube vai estudar medidas para tentar acabar com a violência em clássicos contra o Corinthians. A diretoria do Palmeiras quer encontrar algum jeito de acabar com a chance de que novos problemas aconteçam nos encontros futuros entre os clubes.

HISTÓRICO DE CONFUSÕES ENTRE TORCIDAS DO CORINTHIANS E PALMEIRAS

BRIGA COM 500 TORCEDORES RESULTA NA MORTE DE TORCEDOR PALMEIRENSE

O torcedor do Palmeiras André Alves, de 21 anos, mais conhecido como "Lezo", morreu na noite deste domingo após uma briga com torcedores corintianos durante a manhã.

A polícia investiga se o encontro foi combinado na internet. A grande quantidade de objetos usados para o confronto é um indício de que a briga já estava agendada. Barras de ferro, fogos de artifícios e armas de fogos foram usadas na confusão. LEIA MAIS
PEDRAS NO ÔNIBUS DO PALMEIRAS E INÍCIO DE BRIGA GENRALIZADA

Um ônibus que levava torcedores do Palmeiras para duelo no interior foi atingido por pedras atiradas por corintianos, em frente à sede da torcida alvinegra Pavilhão 9. O episódio ocorreu no dia 5 de fevereiro. Os palmeirenses desceram do ônibus e iniciaram briga com corintianos. A PM impediu que houvesse briga generalizada. Foram detidos 15 torcedores. Não houve feridos com gravidade. A Justiça proibiu a presença da torcida Pavilhão 9 nos jogos do Corinthians. LEIA MAIS
TORCEDOR CORINTIANO MORRE APÓS PERSEGUIÇÃO DE PALMEIRENSES

Douglas Silva foi espancado e morto por dezenas de torcedores do Palmeiras em uma praça na Marginal Tietê, em agosto de 2011. Mesmo sem uniforme do Corinthians, Douglas foi reconhecido por uma pessoa, que avisou aos palmeirenses a preferência pelo Corinthians. Douglas estava com dois amigos e ainda tentou fugir, mas não resistiu aos ferimentos. O caso é investigado pela polícia LEIA MAIS
BALA DE FOGO EM VEZ DE BORRACHA EM CLÁSSICO EM PRESIDENTE PRUDENTE

A Polícia Militar demonstrou despreparo ao monitorar torcedores do Palmeiras em clássico contra o Corinthians, em Presidente Prudente, em agosto de 2011. Em vez de balas de borracha para dispersar a torcida, os PMs atiraram com armas calibre 12. Dois torcedores do Palmeiras foram baleados, sendo um deles Lucas Alves, irmão de André Alves, que morreu neste domingo em briga generalizada. Após o episódio no interior, a Mancha Alviverde foi proibida de ir a jogos. LEIA MAIS
PALMEIRENSES ARREMESSAM BARRA DE FERRO DO TOBOGÃ E ASSUSTAM PESSOAS

Torcedores do Palmeiras arremessaram uma barra de ferro do tobogã. O objeto caiu no estacionamento do estádio, mas não atingiu ninguém. A polícia militar foi acionada para acalmar os ânimos dos torcedores palmeirenses, que protestavam no Pacaembu após derrota diante do Corinthians, 1 a 0, em agosto de 2010, pelo Brasileirão. LEIA MAIS