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Gaviões nega ser responsável pela briga com a Mancha e promete expulsar membros envolvidos

Computadores e barra de ferro apreendidos pela Polícia Civil com membros da Gaviões - Bruno Thadeu/UOL Esporte
Computadores e barra de ferro apreendidos pela Polícia Civil com membros da Gaviões Imagem: Bruno Thadeu/UOL Esporte

Do UOL, em São Paulo

28/03/2012 17h10

A Gaviões da Fiel divulgou em seu site uma nota comentando a briga generalizada do último domingo e que envolveu cerca de 500 torcedores alvinegros e membros da Mancha Alviverde. A principal torcida organizada do Corinthians nega ser a responsável pelo confronto, promete expulsar os membros que tiveram a participação comprovada e lamenta o ocorrido.

“Nós não somos responsáveis pelos atos de domingo. Se corinthianos (sic) acreditam que a forma de viver a vida e o futebol são aquelas, nós ressaltamos que estes, estão fazendo um mau uso do livre arbítrio e prejudicando a entidade”, escreveu a Gaviões.

“Abriu-se inquérito policial sobre o ocorrido e, caso seja comprovado a participação de algum membro dos Gaviões, será imediatamente expulso de nosso quadro associativo”, completou.

A briga resultou na morte de dois torcedores palmeirenses. André Alves Lezo, de 21 anos, foi enterrado na segunda-feira e  velório de Guilherme Vinícius Jovanelli Moreira, de 19 anos, está sendo realizado nesta quarta-feira.

Na nota, a Gaviões afirma que já foi denunciado às autoridades que a avenida Inajar de Souza é um ponto de risco e que o problema é no trajeto feito pelos torcedores para o clássico e que continuará a contribuir com a os projetos de melhoria da segurança nos estádios. “Muito é dito também que os problemas são os trajetos, nos meios de transportes, distante do estádio e afirmamos que a deficiência é neste ponto”, disse a entidade. 

A Polícia Civil prendeu temporariamente seis torcedores no DHPP. Cinco deles são da Mancha e um da Gaviões da Fiel. Alguns deles têm antecedentes criminais. Entre os presos estão Lucas Alves, irmão de André Alves, que morreu atingido por um tiro na briga entre torcedores.

HISTÓRICO DE CONFUSÕES ENTRE TORCIDAS DO CORINTHIANS E PALMEIRAS

BRIGA COM 500 TORCEDORES RESULTA NA MORTE DE TORCEDOR PALMEIRENSE

O torcedor do Palmeiras André Alves, de 21 anos, mais conhecido como "Lezo", morreu na noite deste domingo após uma briga com torcedores corintianos durante a manhã.

A polícia investiga se o encontro foi combinado na internet. A grande quantidade de objetos usados para o confronto é um indício de que a briga já estava agendada. Barras de ferro, fogos de artifícios e armas de fogos foram usadas na confusão. LEIA MAIS

HOSPITAL CONFIRMA MORTE CEREBRAL DE SEGUNDO TORCEDOR PALMEIRENSE

O torcedor palmeirense Guilherme Vinicius Jovanelli Moreira, internado desde domingo após um traumatismo craniano, teve morte encefálica nesta terça. A informação foi divulgada pelo hospital São Camilo, que disse que o jovem de 19 anos respira por aparelhos.

Guilherme, conhecido como Vinicius Zulu, estava envolvido na briga generalizada entre torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras no último domingo, horas antes do clássico. LEIA MAIS
PEDRAS NO ÔNIBUS DO PALMEIRAS E INÍCIO DE BRIGA GENERALIZADA

Um ônibus que levava torcedores do Palmeiras para duelo no interior foi atingido por pedras atiradas por corintianos, em frente à sede da torcida alvinegra Pavilhão 9. O episódio ocorreu no dia 5 de fevereiro. Os palmeirenses desceram do ônibus e iniciaram briga com corintianos. A PM impediu que houvesse briga generalizada. Foram detidos 15 torcedores. Não houve feridos com gravidade. A Justiça proibiu a presença da torcida Pavilhão 9 nos jogos do Corinthians. LEIA MAIS
TORCEDOR CORINTIANO MORRE APÓS PERSEGUIÇÃO DE PALMEIRENSES

Douglas Silva foi espancado e morto por dezenas de torcedores do Palmeiras em uma praça na Marginal Tietê, em agosto de 2011. Mesmo sem uniforme do Corinthians, Douglas foi reconhecido por uma pessoa, que avisou aos palmeirenses a preferência pelo Corinthians. Douglas estava com dois amigos e ainda tentou fugir, mas não resistiu aos ferimentos. O caso é investigado pela polícia LEIA MAIS
BALA DE FOGO EM VEZ DE BORRACHA EM CLÁSSICO EM PRESIDENTE PRUDENTE

A Polícia Militar demonstrou despreparo ao monitorar torcedores do Palmeiras em clássico contra o Corinthians, em Presidente Prudente, em agosto de 2011. Em vez de balas de borracha para dispersar a torcida, os PMs atiraram com armas calibre 12. Dois torcedores do Palmeiras foram baleados, sendo um deles Lucas Alves, irmão de André Alves, que morreu neste domingo em briga generalizada. Após o episódio no interior, a Mancha Alviverde foi proibida de ir a jogos. LEIA MAIS
PALMEIRENSES ARREMESSAM BARRA DE FERRO DO TOBOGÃ E ASSUSTAM PESSOAS

Torcedores do Palmeiras arremessaram uma barra de ferro do tobogã. O objeto caiu no estacionamento do estádio, mas não atingiu ninguém. A polícia militar foi acionada para acalmar os ânimos dos torcedores palmeirenses, que protestavam no Pacaembu após derrota diante do Corinthians, 1 a 0, em agosto de 2010, pelo Brasileirão. LEIA MAIS