Polêmico 'escudeiro' de Andrés no Corinthians chefiará seleção sub-20 na Europa
O ex-diretor administrativo do Corinthians, André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão e nome influente na política do clube durante a gestão Andrés Sanchez, será o chefe de delegação da seleção brasileira sub-20 na Copa Internacional do Mediterrâneo, em abril, na Europa.
JOGO DO BICHO E CAMBISTA
O ex-diretor administrativo do Corinthians, André Luiz de Oliveira, era o braço direito de Andrés Sanches no clube. André Negão, como é chamado, participou ativamente na candidatura nas eleições corintianas de 2007, quando Andrés se tornou presidente.
Negão admite que teve um passado turbulento, em que se envolveu com jogo do bicho e venda de ingressos na porta de estádios. Com grande ingerência nos departamentos de base e profissional, cresceu no clube.
Em rápido contato telefônico com a reportagem do UOL, o cartola confirmou que viaja nesta quinta-feira com a comissão técnica de Ney Franco e os garotos com idade inferior a 20 anos para Barcelona.
Oliveira, porém, não soube explicar se o convite partiu de Andrés Sanchez, atual diretor de seleções da CBF.
“O convite partiu do Andrés?”, questionou a reportagem.
“Não sei, provavelmente”, respondeu Oliveira, que não faz mais parte da diretoria do Corinthians.
“Mas quem te fez o convite?”
“Me liga em cinco minutos”, respondeu e desligou o telefone. Minutos depois, seu celular só dava caixa postal.
No final de novembro, quando aconteceu a nomeação de Andrés Sanchez como diretor de seleções da CBF, o UOL Esporte noticiou a expectativa gerada em antigos aliados do ex-presidente corintiano, que esperavam ser levados por ele para a confederação. O primeiro nome a despontar como candidato era justamente o de André Luiz de Oliveira, o André Negão.
O convite para assumir algum cargo na seleção brasileira aconteceria por conta de Andrés estar “em dívida” com o ex-bicheiro. André Negão tinha planos de se candidatar à presidência do Corinthians em fevereiro, pela situação. Entretanto, foi preterido por Mário Gobbi, que venceu o pleito. Após relutar inicialmente, André Negão abraçou a campanha de Gobbi.
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