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Diretor vê escalação precipitada e abalo psicológico de Fabrício; Leão evita conflito

Fabrício, volante do São Paulo, foi motivo de discórdia entre diretor e o técnico do clube - Luiz Pires/Vipcomm
Fabrício, volante do São Paulo, foi motivo de discórdia entre diretor e o técnico do clube Imagem: Luiz Pires/Vipcomm

Do UOL, em São Paulo

10/04/2012 14h03

A terceira lesão do volante Fabrício gerou discórdia no São Paulo. O diretor de futebol, Adalberto Baptista, disse achar precipitada a escalação do jogador e até falou em abalo psicológico dele por mais um afastamento por contusão. O técnico Emerson Leão mostrou opinião diferente do dirigente, mas sem entrar em conflito.

“Vimos que foi um espaço de tempo curto para ele ter entrado em campo depois de quase seis meses sem jogar. Mas foi porque precisávamos: o Denílson acabou tendo uma gripe, teve que ficar fora. O Fabrício não iria para o jogo, na casualidade teve que escalar e na fatalidade aconteceu a lesão. Agora terá que recuperar e voltar”, analisou Baptista.

“Nunca faltou carinho, quando você reincide, sendo essa a terceira [contusão], você abala o psicológico, e para melhorar isso, seremos conservadores. Espero que não tenha problemas de ordem física ou técnica além de psicológica. Agora, com relação individual, seremos mais conservadores, para não abalar psicologicamente”.

Questionado sobre o assunto, Leão deu opinião divergente. “O jogador jamais vai entrar em campo sem sua própria anuência. O Fabrício estava relacionado, e como todo relacionado pode entrar a qualquer momento. E eu já havia dito que, se ele estivesse relacionado, iria jogar porque precisava recuperar sua capacidade física. A lesão estava zerada”, justificou o treinador.

O São Paulo divulgou via site oficial na tarde da última segunda-feira que o volante Fabrício fez um exame de ressonância magnética que apontou um estiramento no músculo sóleo da panturrilha direita, que o deixará fora do Tricolor nos próximos jogos.

Fabrício foi contratado em janeiro para o início da temporada. Mas ele chegou com uma tendinite, que só o permitiu entrar em campo no dia 22 de fevereiro contra o Bragantino. Na ocasião, o volante atou por 22min e sentiu a panturrilha, tendo que ser substituído.

O volante só pôde ser escalado novamente no duelo do último domingo contra o Ituano, mas sentiu o ritmo de jogo e teve que ser substituído no intervalo. Ele ganhou outra oportunidade neste sábado contra o Mogi Mirim, mas teve outra lesão na panturrilha e deixou o campo ainda aos 14min do primeiro tempo - no total, foram 81 minutos jogados em três meses de São Paulo.