Torcida do Botafogo ignora invencibilidade e escolhe novos alvos de perseguição
Conhecida por ser muito crítica e perseguir alguns jogadores, a torcida do Botafogo ignora o fato de ser o único time carioca invicto na temporada – 18 jogos em 2012, com dez vitórias e oito empates – e já elege os novos alvos de sua ira na atual equipe. Depois de Lúcio Flavio, Fahel e Alessandro, esses torcedores nomearam Lucas, Andrezinho e Felipe Menezes como centro de suas reclamações.
BOTA LANÇA UNIFORME COM STAND-UP DE ADNET, E LOCO 'TRAVA' NA PASSARELA
O Botafogo lançou na noite desta segunda-feira os uniformes que serão utilizados na temporada 2012. O evento em General Severiano reuniu ídolos do passado e, como de costume, teve a participação de jogadores como modelos. Uma das estrelas da noite, Loco Abreu foi o último a entrar em ação e 'travou'. Mas depois o camisa 13 conseguiu se soltar na passarela. Quem esteve bem à vontade foi o mestre de cerimônia Marcelo Adnet. Alvinegro, o humorista e apresentador fez um pequeno show de stand-up comedy, abusando dos improvisos.
O caso mais acentuado é o de Felipe Menezes. O apoiador que tem qualidade técnica muito elogiada pelo treindor Oswaldo de Oliveira é perseguido frequentemente por parte dos torcedores – principalmente a situada no setor Oeste Inferior do Engenhão. Mesmo quando faz boa partida, é preciso apenas um erro para que seus críticos comecem a vaiar. Esses fatos já foram conversados com o jogador, que minimizou a situação.
Lucas, por sua vez, vive situação curiosa. O lateral direito é o único de sua posição no atual elenco e, nas últimas rodadas, passou a conviver com a insatisfação de alguns botafoguenses, que o vaiaram na última partida contra o Friburguense, pela Taça Rio. O jogador gozava de prestígio com os torcedores, que reclamavam da titularidade de Alessandro em algumas partidas em 2011.
A maior surpresa, no entanto, é com Andrezinho. O camisa 10 foi muito criticado no último domingo, na vitória por 3 a 1, sobre o Friburguense. O apoiador sentiu as críticas e não conseguiu responder em campo, a partir do início da segunda etapa. O jogador é muito querido pelo elenco e é considerado um dos líderes do grupo. O técnico Oswaldo de Oliveira, inclusive, tem grande carinho pelo meia e utilizou o atleta como titular sempre que possível.
Quem vive o outro lado da moeda é Antônio Carlos. O zagueiro errou na saída de bola e entregou a bola nos pés de Douglas, que aproveitou e marcou o único gol do Friburguense. No lugar das vaias, o defensor, entretanto, teve seu nome gritado pelos torcedores em forma de apoio.
BOTA ANUNCIARÁ FUTURO DE JOBSON NA TERÇA; AGENTE MOSTRA OTIMISMO
O Botafogo anunciou que só vai revelar o destino de Jobson na próxima terça-feira. O polêmico atacante, que discutiu com um membro da comissão técnica, na semana passada, se reuniu por cerca de meia hora com o gerente de futebol do clube, Anderson Barros, nesta segunda, mas a decisão foi adiada por mais um dia.
“Fiquei muito triste pelo o que aconteceu, foi um erro muito bobo da minha parte. Fiquei mal por isso. Mas confesso que fiquei bastante feliz pelo apoio que recebi dos botafoguenses. Foi bonito aquilo, mesmo após falhar gritaram meu nome. Sobre o Andrezinho acredito que foi por ele ter errado um ou dois passes na partida. Ele é experiente e dará a volta por cima, tenho certeza”, disse Antônio Carlos.
Elkeson é um jogador que não tem um relacionamento regular com os torcedores. O camisa 9 teve um início espetacular na equipe em 2011 e rapidamente era exaltado pelos botafoguenses. Após passar cerca de seis meses sem balançar as redes, o meia sofreu ao ser perseguido por parte da torcida e afirma que tem reagido bem às criticas graças ao tratamento com psicóloga do clube, Maíra Ruas.
“Tenho feito um trabalho muito bom com a Maíra, que está me ajudando muito. Vejo as críticas, agora, como algo positivo, pois sei que eles esperam algo a mais de mim. Sei que a torcida do Botafogo é exigente e gosto disso. Tem que ser mesmo, pois o clube é muito grande. Mas acho também que falta um pouco de paciência às vezes. Quando jogamos no Engenhão eles querem que a gente passe por cima do adversário e goleie, mas nem sempre é possível. Estamos treinando muito forte para nos apresentarmos da melhor maneira”, explicou Elkeson.
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