Auxílio-aluguel de R$ 7 mil é o novo capítulo da fritura de Felipão no Palmeiras
Luiz Felipe Scolari não ganhou um respiro nem mesmo com a vitória por 2 a 1 em cima do Paraná, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. A bola da vez para que conselheiros reclamem com Arnaldo Tirone, presidente do clube, é o auxílio-aluguel que o Palmeiras paga de R$ 7 mil ao treinador. Na opinião deles, é um absurdo o time bancar um salário quase que milionário (cerca de R$ 700 mil mais quase R$ 300 mil de encargos) e ainda uma ajuda para que ele more em um apartamento de quatro suítes em uma área nobre de São Paulo.
LADO DO FELIPÃO
O UOL Esporte falou com a assessoria de imprensa de Luiz Felipe Scolari, que preferiu não se manifestar sobre o assunto
Os oposicionistas de Felipão procuram qualquer detalhe para criticá-lo. Ficam atentos a qualquer entrevista para usar uma palavra mal colocada, vão contra todas as substituições e não acreditam mais no trabalho do treinador desde a derrota para o Goiás na Copa Sul-Americana, em 2010, quando o grupo foi xingado por diretores e o técnico ficou estático, sem defender os atletas.
O UOL Esporte recebeu um recibo do pagamento do auxílio-aluguel para Luiz Felipe Scolari no valor de R$ 6.301,29. Esse valor foi o de 2011. Em 2012, houve o reajuste para que o montante chegasse perto dos R$ 7.000. A ajuda foi tema de discussões na reunião da noite desta quinta-feira no CT.
A maioria argumenta que é normal que essa ajuda aconteça nos primeiros meses, para que o profissional procure um lugar para morar. Depois disso, no entanto, ele deveria arcar com os custos de moradia. Seraphim del Grande, que não participou da reunião do COF, criticou a ajuda.
AUXÍLIO-ALUGUEL
Recibo de 2011 do pagamento de auxílio-aluguel para Luiz Felipe Scolari
“Como é que o Palmeiras paga um salário desses para o Felipão e ele ainda quer receber auxílo-aluguel? O time paga auxílio-aluguel para todos os jogadores? Isso explica como o time está se afundando em uma dívida que não vai acabar nunca mais. Já não basta o salário, ele quer auxílio-aluguel e ainda faz o Galeano ganhar bicho”, disse Del Grande, um dos cardeais do Conselho que mais pedem a saída do pentacampeão.
As críticas para Luiz Felipe Scolari vão além da parte financeira. Os que não gostam do trabalho do técnico afirmam que ele não apresentou nenhuma novidade tática durante os 22 meses que trabalha no clube, além de não dar nenhum título ao time. Para eles, é ainda pior, porque o técnico desestabiliza o ambiente da Academia de Futebol com todas as intrigas que compra para defender seus “queridinhos”.
"O Felipão foi chamado de covarde pelo Valdivia porque ele não defendeu o grupo do ataque histérico de um ex-diretor. Mas, para defender os queridinhos dele, ele usa unhas e dentes", relatou um funcionário que ainda trabalha no Palmeiras, mas preferiu não se identificar para não entrar em conflito com a comissão técnica.
Os pedidos pela demissão do treinador aumentaram ainda mais após a divulgação na imprensa de que ele estaria com três meses de salários atrasados. O presidente Arnaldo Tirone, o vice-financeiro, Walter Munhoz, e o diretor jurídico, Piraci de Oliveira, negam veementemente essa informação.
Conselheiros ligados a eles dizem até que o suposto atraso foi vazado propositalmente pelo estafe do técnico para preparar um ambiente da saída.
* Com a colaboração de Vitor Pajaro, do UOL Esporte, em São Paulo
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