Santos aplicou injeções em Ganso para aliviar dor antes de jogos e adiar cirurgia no joelho

O Santos tentou adiar a artroscopia no joelho direito do meia Paulo Henrique Ganso por algumas semanas. O UOL Esporte apurou que o departamento médico do clube aplicou injeções para aliviar a dor do camisa 10 antes dos dois últimos jogos da equipe na temporada – na decisão do Campeonato Paulista, diante do Guarani, e contra o Vélez Sarsfield, da Argentina, na semana passada.

Além de sofrer com as infiltrações antes das partidas, Ganso passou pelo mesmo processo no treino da última terça-feira, no CT Rei Pelé, quando não pôde participar do treino físico e técnico no gramado. A assessoria do clube informou que o jogador estava realizando fortalecimento muscular.

A assessoria de imprensa do clube informou que é comum, em casos agudos, um jogador tomar injeção antes dos jogo. Mas, ressaltou que não se trata de infiltração.

O médico do Santos, Rodrigo Zogaib, deu sua versão da contusão de Ganso no site do clube na tarde desta quarta-feira.

“O atleta se queixou de incômodos e foi constatada uma sinovite, que vem sendo tratada de maneira conservadora. Porém, este tratamento chegou ao limite e a melhor forma de tratar agora é a artroscopia. Com isso, Ganso não poderá servir à seleção e tem boas chances de voltar a jogar na semifinal da Libertadores, se o Santos passar pelo Velez”, explicou.

Enquanto os médicos do Santos acreditam que Ganso estará disponível em duas semanas, o técnico Muricy Ramalho adota uma realidade diferente e afirma que o jogador só deverá voltar aos gramados em uma hipotética final da Libertadores.

“Foi pensado, tanto que seguraram até agora. Os médicos são para isso, para determinar. Isso não me incomoda. No ano passado, ele também só voltou no último jogo da final contra o Peñarol e agora deve acontecer novamente”, disse.

Além da esperança de contar com Ganso na reta final da Libertadores, Muricy não esconde que um dos motivos da cirurgia acontecer nesta semana é visando à presença do atleta na Olimpíada de Londres, entre julho e agosto.

"Ele poderia até ter ficado mais tempo jogando, mas é necessário fazer essa limpeza porque tem as finais (da Libertadores) e a Olimpíada. Para o bem do jogador é importante parar agora, todos acharam isso, inclusive ele. Se ele continuasse, poderia perder a seleção", finalizou.