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Presidente do Fla evita falar sobre Ronaldinho e deixa evento 'escoltada' no RJ

Siemsen, Patricia Amorim, Assumpção e Dinamite se reuniram em evento no Maracanã - Vinicius Castro/UOL
Siemsen, Patricia Amorim, Assumpção e Dinamite se reuniram em evento no Maracanã Imagem: Vinicius Castro/UOL

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/06/2012 13h02

A saída de Ronaldinho Gaúcho do Flamengo ainda parece um trauma para a presidente Patricia Amorim. Nesta segunda-feira, durante o lançamento de uma parceria entre os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, a mandatária evitou a imprensa, qualquer possibilidade do assunto envolvendo o ex-camisa 10 rubro-negro, e deixou o evento escoltada por seguranças do local e assessores. Uma blindagem que surpreendeu os presentes.

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    Ainda no foco das atenções desde seu rompimento com o Flamengo na última quinta-feira, Ronaldinho Gaúcho declarou que a gota d’água para sua saída do clube carioca foi o acúmulo de vários meses sem receber pelo clube. O jogador negou veementemente as diversas acusações que caiam sobre ele em sua passagem pelo time rubro-negro, como a de que chegava aos treinos sem condições físicas por noitadas na noite anterior

Na coletiva do movimento “Cariocas”, no Maracanã, qualquer pergunta fora o tema do evento também foi proibida pelos organizadores. Desconfortável, a mandatária rubro-negra chegou a brincar com os demais presidentes, mas sem tirar o semblante de tensão do rosto.

Maurício Assumpção (Botafogo), Patricia Amorim (Flamengo), Peter Siemsen (Fluminense) e Roberto Dinamite (Vasco) explicaram por cerca de uma hora a iniciativa, considerada pelos dirigentes um marco no futebol carioca. A ideia é a convivência pacífica e diálogo buscando receitas adicionais, além de ações comerciais para o fortalecimento das respectivas marcas.

“Isso já era ideia dos quatro grandes clubes e entendo que o futebol do Rio de Janeiro só vai se tornar mais forte a partir do momento no qual os seus representantes sentam em uma mesa e discutem os seus problemas”, afirmou Roberto Dinamite, seguido por Maurício Assumpção. “Fizemos questão de representar esse marco para refazer uma relação entre os clubes. Já nos pegamos muitas vezes isolados em negociações comerciais. Entendemos que os nossos executivos podem dar uma contribuição enorme. As diferenças existem. Ver os clubes fortes nas negociações é o grande objetivo”, completou.

Patricia Amorim ressaltou a rivalidade, mas deixou claro a união para o melhor do futebol carioca. Evitar a violência entre as torcidas também é uma das metas. “Realmente existe essa cumplicidade. Isso é sentido na cidade pelo prefeito e governador. Essa cordialidade e união dos clubes é importante que se passe ao torcedor. Os clubes têm torcidas diferentes, mas pensamento idêntico”, encerrou.

Algumas ações já foram estruturadas. Uma comissão conjunta de licenciamento de marca foi criada para auxiliar no projeto e pode espalhar quiosques para a venda de produtos em cidades estratégicas no Brasil. Um dos objetivos é combater a pirataria. A preocupação também envolve o prejuízo com bilheterias.

Para tentar ao mínimo reduzir os problemas do dia a dia, os clubes passam a se reunir periodicamente para dar sequência ao trabalho. O movimento “Cariocas” será operacionalizado pelas diretorias executivas e departamentos de marketing. Não se tratando de um órgão independente com CNPJ, sede ou diretoria própria, não é considerado conflitante com as estrtuturas de comando do futebol brasileiro.