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Reserva da seleção, Lucas gasta aulas de inglês nos EUA e diz: 'não gosto de salada e videogame'

Lucas ganhou 7kg desde que virou profissional e revela admiração por Messi e Neymar - Mowa press
Lucas ganhou 7kg desde que virou profissional e revela admiração por Messi e Neymar Imagem: Mowa press

Bruno Thadeu

Do UOL, em Nova Jersey (Estados Unidos)

08/06/2012 06h00

Lucas ainda busca espaço no time titular da seleção. Ele é celebridade no São Paulo, mas no elenco de Mano Menezes é apenas mais um. Em entrevista ao UOL Esporte no hotel em que o time está hospedado para o amistoso contra a Argentina, sábado, às 16h06 (horário de Brasília), em Nova Jersey, o jogador afirma ter Neymar e Messi como referências, reiterou intenção de ficar no time do Morumbi e revelou algumas curiosidades da vida pessoal.

Lucas, por exemplo, não come saladas. Ele não gosta. Outra: ao contrário de toda sua geração, Lucas não vê graça em jogar videogame.

“Não gosto de salada. Não adianta [risos]. De vez em quando pego uma folhinha de alface. Eu também não gosto de videogame. É engraçado que vários da seleção jogam com o Messi no videogame, mas eu prefiro sinuca, baralho e jogos de raciocínio, além da internet”, declarou.

UOL Esporte – Como tem se virado nos EUA? Consegue se arriscar no idioma local?

Lucas – Eu estou fazendo inglês no Brasil. Aliás, estou fazendo lá no CT do São Paulo. Uma professora vai até lá. Estou há cinco meses na aula. Eu tentei falar quando a seleção teve folga nos EUA (segunda). Mas acabei não falando muito, não. Fiquei com vergonha. Quem falou mais foi o Bruno Uvini, que jogou na Inglaterra e aprendeu mais.

UOL Esporte – Mas essas aulas de inglês podem ser sinal de que você jogará no exterior?

Lucas – Acho importante aprender a falar outra língua. Quanto a jogar no exterior, não descarto um dia jogar. Mas eu volto a dizer que quero fazer história no São Paulo, quero ser campeão no São Paulo e farei o possível para que isso aconteça agora na Copa do Brasil.

UOL Esporte – Do período em que você subiu ao São Paulo, em 2010, até agora, você ganhou muita massa muscular. Qual é o peso ideal? Não teme ficar forte demais?

Lucas – Eu ganhei uns 7 quilos. Cheguei com 64kg e estou com 71kg. Lógico que a velocidade é minha especialidade. E eu não vou perder isso por causa do peso. O ideal é eu ganhar mais 1kg, mas está difícil engordar [risos]. Eu como bastante, mas não engordo. Às vezes como feijoada, arroz, e no dia seguinte não engordei. Mas tenho feito musculação e tomado suplemento.

UOL Esporte – Você se destacou na seleção sub-20, campeã sul-americana em 2011, e fez boas apresentações na seleção de cima no ano passado. Mas ficou a impressão de que você ainda não decolou no time principal. Por quê?

Lucas – É complicado falar disso. Eu ainda estou buscando meu espaço, não tive sequência e o Hulk tem arrebentado nos jogos. Eu vou evoluir normalmente, não fico preocupado por estar na reserva e sei que vou dar umas osciladas. Mas o importante é estar junto do pessoal da seleção

UOL Esporte – Aproveitando o tema, no São Paulo você é elogiado pelas arrancadas, dribles e gols, mas ainda é cobrado por carregar a bola excessivamente.

Lucas – O Leão me cobra bastante para que eu passe mais a bola, mas eu sei que isso vou aprender a cada dia. Me cobro para que eu consiga dar mais passes, mas sem perder a individualidade. Eu tenho consciência disso.

UOL Esporte – Para o amistoso contra a Argentina você deve começar no banco. Como será enfrentar pela primeira vez o Messi?

Lucas – Meu melhor jogo pela seleção foi justamente contra a Argentina, eu fiz um gol e o Brasil ganhou [2 a 0, no Superclássico das Américas]. Mas naquele jogo o Messi não jogou. Vai ser interessante ver o Messi do outro lado. Eu sou um grande fã dele não só pelo que ele faz em campo, mas também fora. É um cara tranquilo.