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Coutinho rebaixa Neymar e vê camisa 11 brilhar apenas contra times fracos: "é muito pouco"

Coutinho lançará sua biografia na próxima terça-feira no Memorial das Conquistas - Samir Carvalho/UOL
Coutinho lançará sua biografia na próxima terça-feira no Memorial das Conquistas Imagem: Samir Carvalho/UOL

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

28/06/2012 06h00

O principal parceiro de Pelé, o ex-camisa 9 do Santos, Coutinho, está lançando sua biografia: “Coutinho, o gênio da área”. O livro promete muitas histórias de bastidores e não faltarão polêmicas, principal característica do ídolo santista fora dos campos. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Coutinho também não perdeu seu estilo. Além de falar sobre a obra, o ex-atacante criticou Neymar e lamentou o fato de o Santos depender apenas do craque.

“O Santos, por exemplo, vive em função do Neymar. Ele não apareceu contra o Corinthians e estamos fora. É muito pouco para um Santos FC”, disparou.

Coutinho foi mais além ao analisar a capacidade de Neymar. O ex-camisa 9 cita que os elogios ao atual craque santista são exagerados e acredita que o camisa 11 costuma brilhar contra adversários mais fracos.

“Eu acho que houve um pouco de exagero. Jogar contra Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Vasco e Flamengo, é mais complicado do que jogar contra o Guarantiguetá. Joga contra o São Bento, ele (Neymar) faz quatro, no próximo jogo com clube grande, queremos pelo menos dois”, disse Coutinho, que descartou o craque como o segundo maior jogador da história do Santos, ficando atrás apenas de Pelé.

“Passou muito gente, não é (pelo Santos). Ele pode ser no futuro, mas passou muita gente boa, esquecem muita gente. O pessoal vê muito o hoje. Eu tenho muito respeito por ele, mas se ficar com essa função que ele tem que resolver, esquece”, completou.

COUTO PEDE AROUCA NO BR

  • Divulgação/SFC

    Volante recebe lobby de Coutinho

Coutinho crê que Mano recebe convocação pronta da CBF

Coutinho, que fez parte do ataque dos sonhos, formado por ele, Dorval, Mengálvio, Pelé e Pepe, demonstrou desanimo ao comentar sobre seleção brasileira e Neymar. “A seleção não precisa só do Neymar, senão não vamos alcançar nada em 2014”, disse.

O ídolo santista também dispara contra o técnico Mano Menezes e chega a duvidar que as convocações da seleção brasileira sejam feitas pelo treinador. O ex-camisa 9 questiona principalmente a ausência do santista Arouca entre os convocados.

“Como pode uma seleção não ter o Arouca. Ou pode ser coisa de dentro da própria CBF. Na minha época quem convocava era o treinador, não tinha CBF atrás. Eu não sei se na hora que ele vai fazer a convocação, não dão o papel para ele na mão”, declarou.

SOBROU PARA ESCRITOR

  • Folhapress

    "põe o nome na capa, deita e rola"

Ídolo explica ausência em centenário e culpa jornalista

Por fim, Coutinho criticou o jornalista Odir Cunha, responsável por escrever alguns livros sobre a história do Santos. O ídolo santista revelou que não participou da programação do centenário e evitou aparecer em livros por causa do escritor.

“É outra confusão. Acontece o seguinte, eles fazem livro, esse tal de Odir Cunha, esse cara deita e rola em cima de todo mundo e ninguém faz nada. Ele põe tudo no bolso e ninguém faz nada, e os artistas estão tudo lá dentro do conteúdo, e ele põe o nome dele na capa e deita e rola. Achei que não deveria aceitar e não aceitei. Agora, se vem o Santos é outro respeito, é outra coisa, estou falando com a entidade, que eu gosto”, disparou.

Coutinho realizará o lançamento oficial de sua biografia na próxima terça-feira, às 18h (de Brasília), no Memorial das Conquistas. O radialista e jornalista Carlos Fernando Schinner foi o autor do livro, impresso pela Realejo Edições.