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Flamengo paga dívida de R$ 13 milhões com a BWA e desbloqueia renda de bilheteria

A gestão Patrícia Amorim conseguiu aliviar os cofres com o pagamento da dívida - Fernando Azevedo/Divulgação
A gestão Patrícia Amorim conseguiu aliviar os cofres com o pagamento da dívida Imagem: Fernando Azevedo/Divulgação

Lucas Tieppo

Do UOL, em São Paulo

11/07/2012 06h00

Se no campo o resultado do último Fla-Flu foi ruim para o Flamengo, fora dele o clássico serviu para amenizar os problemas financeiros que o clube vive. A renda gerada pelo jogo, válido pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi suficiente para que a equipe quitasse uma antiga dívida de R$ 13 milhões com a empresa BWA.

Assim, a partir do jogo do próximo domingo, contra o Bahia, o Flamengo voltará a embolsar a renda depois cerca de dois anos e meio.

A dívida foi adquirida com a BWA, empresa especializada em confecção e venda de ingressos, por meio de empréstimos feitos por gestões anteriores e começou a ser paga pela presidente Patrícia Amorim no início de 2010.

A forma de pagamento era através do “confisco” da renda das partidas da equipe. Praticamente tudo que era arrecadado ia direto para a empresa, que segue como parceira do clube na comercialização das entradas.  

O plano da diretoria era quitar o débito antes do início do Campeonato Brasileiro, pois esperava grandes rendas com a participação da equipe nas fases decisivas do Campeonato Carioca e da Libertadores. A queda precoce nos dois torneios e o período de mais de um mês sem jogos entre abril e maio, no entanto, atrapalharam os planos.

Membros da atual diretoria criticam a forma que a dívida foi adquirida pelas gestões que antecederam a de Patrícia Amorim. A atual administração foi obrigada a dar a renda como garantia de pagamento e por isso não recebeu nada nos mais de 160 jogos com a diretoria no comando.

Apensar de ter pago a dívida com a BWA, o clube não receberá todo o valor das rendas a partir da partida contra o Bahia por conta de um acordo com o Tribunal Regional do Trabalho, que prevê que 20% da renda de bilheteria do clube seja destinada ao pagamento de dívidas trabalhistas.