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Santos rejeita primeira oferta do Inter e DIS por Ganso e promete contraproposta

Oferta foi apresentada ao Santos por intermediário com papel timbrado do Internacional - REUTERS/Paulo Whitaker
Oferta foi apresentada ao Santos por intermediário com papel timbrado do Internacional Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos

12/07/2012 06h00

A reunião do Comitê de Gestão do Santos na tarde da última quarta-feira não foi para o clube estipular um valor para liberar o meia Paulo Henrique Ganso. O UOL Esporte apurou que o encontro aconteceu para a cúpula santista estudar uma proposta do Internacional feita no final de semana passado. A investida não é confirmada, muito menos desmentida, em Porto Alegre. Onde os cartolas admitem estar de olho nos próximos capítulos.

Com o apoio financeiro da DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, o clube gaúcho apresentou uma oferta com papel timbrado e tudo para comprar 45% dos direitos econômicos do atleta. O valor é mantido em sigilo pelas partes. 

Entretanto, os dirigentes santistas não aceitaram a primeira oferta e prometem fazer uma contraproposta para DIS e Inter. A ideia de Delcyr Sonda é comprar os 45% e repassar o jogador ao clube gaúcho, time de coração do empresário. A próxima reunião entre clube e investidores acontecerá ainda nesta semana.

Diferente dos últimos anos, o Santos não está relutante em negociar Ganso. Na reunião, a cúpula reconhece a dificuldade dos investidores em pagar o valor da multa rescisória e, por isso, não descartam negociar o jogador por quantia abaixo da multa rescisória.

A multa rescisória para transferências internas, caso do Internacional, está estipulada em R$ 53 milhões. Desta forma, o Grupo Sonda teria que desembolsar R$ 23,8 milhões, valor equivalente aos 45% dos direitos econômicos que o Santos possui do atleta, caso o clube não abra mão do valor total da multa.

Caso feche negócio com o Santos, a DIS, que detém 55% dos direitos econômicos do atleta, ficará com 100% dos direitos e pode negociar parte do montante com o Inter, além de repassar ao clube os direitos federativos do atleta que pertencem ao Santos. 

Um negócio quase nos mesmos moldes do realizado com o lateral esquerdo Kleber, que igualmente saiu da Vila Belmiro e foi parar no Beira-Rio. Até o início deste ano, ele estava 'emprestado' pelo grupo esportivo, com somente os salários sendo bancados pelos gaúchos.

A DIS detém 55% dos direitos econômicos de Ganso, pois pagou R$ 5 milhões pelos 10% que pertenciam ao jogador em dezembro do ano passado. O meia ofereceu a porcentagem ao Santos, que tinha prioridade na compra, mas o clube não considerou “interessante” gastar o montante e agradar o jogador.

A situação de Ganso ficou insustentável no Santos após o presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro declarar publicamente que deu uma basta na negociação com o jogador. Em relação ao camisa 10, o UOL Esporte apurou que o meia considerou “ilusória” a última oferta de renovação do clube.