Blatter disse que não sabia de propina paga a Teixeira e Havelange até colapso de ISL
O presidente da Fifa Joseph Blatter disse que não sabia sobre os subornos que a empresa ISL pagou ao ex-presidente da entidade João Havelange e o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira até a empresa entrar em colapso, em 2001.
"Eu não sabia até mais tarde, depois do colapso da ISL em 2001, sobre o suborno", disse o chefe do futebol mundial em entrevista ao jornal suíço SonntagsBlick, que será publicada neste domingo.
“Foi a Fifa que apresentou uma queixa e se colocou em movimento todo o caso da ISL”, disse, em referência ao dia 20 de maio de 2001 quando, após o colapso da ISL, a Fifa apresentou uma queixa por suspeita de fraude, apropriação indevida e desvio de dinheiro.
Em documento divulgado nesta semana, um promotor suíço disse que Havelange e o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, receberam subornos milionários da ISL por acordos para a Copa do Mundo na década de 90.
A ISL vendia os direitos comerciais para transmitir as partidas do Mundial de futebol da Fifa. A entidade quebrou com dívidas em torno de 300 milhões de dólares em 2001.
Blatter, que esteve desde 1975 e que sucedeu Havelange como presidente em 1998, disse nesta quinta-feira que ele sabia que os pagamentos tinham sido feitos. Ele se referiu a eles como "comissões" e disse que não eram ilegais no momento da transação.
Blatter ainda se defendeu sobre seu envolvimento com a corrupção. “Agora, quando digo que é difícil medir o passado com os padrões de hoje, é claro que é uma declaração genérica. Para mim, a corrupção é inaceitável, não tolero e não tento justificá-la. Mas estou sendo acusado”.
"O Tribunal Federal Suíço esta semana mostrou que todas essas pessoas estão erradas, as que me acusaram por anos de ter recebido suborno. Agora está registrado o que eu sempre disse: não recebi qualquer suborno", disse ele.
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