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Fla inicia reformulação na diretoria e 'tira poder' de vices após crise interna

Michel Levy (E), antigo aliado de Patricia Amorim, teve poder limitado nos bastidores do Flamengo - Divulgação/ Fla Imagem
Michel Levy (E), antigo aliado de Patricia Amorim, teve poder limitado nos bastidores do Flamengo Imagem: Divulgação/ Fla Imagem

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/07/2012 18h30

O Flamengo divulgou na tarde desta quarta-feira um comunicado confirmando a viagem da presidente Patricia Amorim a Londres. No entanto, o principal ponto da nota oficial publicada no site rubro-negro foi a divulgação de um plano de reformulação na diretoria do clube. A mudança na gestão tem como objetivo principal limitar o poder de alguns vice presidentes após uma crise interna ocorrida nas últimas semanas.

E o primeiro "afetado" pela decisão da presidência será Michel Levy, representante da pasta de finanças. O dirigente vinha sendo duramente criticado pelos companheiros de diretoria e viu seu prestígio, anteriormente muito alto, ser drasticamente abalado.

Patricia Amorim informou que o clube irá contratar um diretor executivo de controle e finanças como forma de evitar a interferência do vice presidente em outras áreas do clube. A ideia é repetir a estrutura no departamento de futebol, com um dirigente abaixo do vice.

Ainda de acordo com o comunicado da presidente, o modelo profissional será adotado em todas as esferas do clube. O Flamengo irá contratar um diretor geral (CEO), que irá se reportar ao conselho diretor, última esfera de poder do rubro-negro.

Confira a parte do comunicado que informa a mudança na diretoria do clube:

Por orientação da presidente Patricia Amorim, o vice-presidente geral dará início a um projeto de reformulação da gestão do clube, que terá como ponto de partida um estudo elaborado pela empresa Accenture, a lhe ser submetida em seu retorno ao Brasil. Além deste, já elaborado, estão em andamento outros estudos.
A ideia central do mesmo é que os vice-presidentes integrem este Conselho de forma colegiada, com as funções executivas exercidas por profissionais contratados para cada área específica da administração do clube.
O primeiro passo neste sentido será a contratação de um diretor executivo de controle e finanças, da mesma forma como já temos um diretor executivo do Futebol, e estes dois executivos deverão esgotar as questões comuns aos dois setores.
Entrementes, serão respeitadas todas formalidades estatutárias apicáveis, sem prejuízo da adoção do conceito explicado acima.
A implantação deste modelo deve resultar, no próximo exercício, na contratação de um CEO (Diretor Geral) profissional, reportando-se ao Conselho Diretor para aprovação de metas, objetivos e correspondente acompanhamento dos resultados.