Topo

Vasco e Eurico Miranda são denunciados pelo MPF por crime ambiental em Caxias

Eurico Miranda foi denunciado pelo MPF por crime ambiental em Duque de Caxias - Alan Marques/Folhapress
Eurico Miranda foi denunciado pelo MPF por crime ambiental em Duque de Caxias Imagem: Alan Marques/Folhapress

Do UOL, no Rio de Janeiro

31/07/2012 14h06

Vasco e Eurico Miranda, ex-presidente do clube,  foram denunciados pelo Ministério Público Federal pela poluição causada em um terreno doado pela União para a construção do centro de treinamento cruzmaltino em Duque de Caxias. O local foi utilizado como depósito de resíduos e detritos, o que levou à destruição significativa da flora. Considerada área de preservação permanente, o terreno sofreu degradação do manguezal e floresta.

JUNINHO BATE NÚMEROS PESSOAIS E ANIMA VASCO CONTRA O CORINTHIANS

  • Marcelo de Jesus/UOL

    Capitão do Vasco, Juninho não esteve em campo no empate sem gols contra o Internacional, no último sábado, em Porto Alegre. O camisa 8 cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo e tem retorno ao time marcado para o próximo domingo, contra o Corinthians, às 16h, em São Januário, pela 14ª rodada do Brasileirão. Contar com o ídolo anima comissão técnica, jogadores e torcedores, principalmente pelos números positivos alcançados na temporada - superiores a 2011.

No processo nº 20075110001437-2, Renato Machado, procurador da república, também denunciou o ex-secretário municipal de obras de Duque de Caxias, João Carlos Grillo Carletti, o servidor da secretaria de obras, Valmir Constantino Januário, e Rogério Alves de Almeida, representante do Vasco na época.

A investigação sobre o caso começou em 2007, quando a delegacia da Polícia Federal de Nova Iguaçu instaurou inquérito sobre possíveis crimes ambientais cometidos pelo Vasco nas áreas de preservação permanente. O Ministério Público Estadual constatou a degradação do espaço e Eurico Miranda, presidente do clube à época, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a não realizar obras na faixa de proteção do manguezal, além de reflorestar o que já havia sido degradado. O documento também estabeleceu que qualquer obra deveria ter nova licença ambiental.

Como o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou nula a cessão gratuita do terreno pela União ao Vasco, o caso foi declinado ao Ministério Público Federal. Porém, mesmo após a decisão, as obras do centro de treinamento avançaram para a área de manguezal, sem qualquer licença ambiental. A prefeitura de Caxias assumiu a construção após celebrar convênio com o Vasco. Posteriormente, um decreto da prefeitura designou o local como aterro de resíduos da construção civil, sem nenhuma autorização da União, proprietária do terreno.

As investigações apontaram que diversas empresas não autorizadas despejaram resíduos na área, inclusive na região do manguezal, sem que houvesse qualquer fiscalização. Rogério Alves de Almeida admitiu ter conhecimento de que materiais estavam sendo despejados e foi denunciado pelos danos ambientais causados. Já Eurico Miranda foi denunciado pelo crime de poluição, por ter deixado de cumprir o TAC assinado e por não ter adotado nenhuma providência para impedir os despejos ilegais no terreno cedido ao Vasco.