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Pego no doping, goleiro do Atlético-PR admite que é dependente químico e fará tratamento

Goleiro Rodolfo admitiu que é viciado em cocaína e fará tratamento bancado pelo Atlético-PR - Divulgação/Atlético-PR
Goleiro Rodolfo admitiu que é viciado em cocaína e fará tratamento bancado pelo Atlético-PR Imagem: Divulgação/Atlético-PR

Do UOL, em Porto Alegre *

02/08/2012 17h38

O goleiro Rodolfo do Atlético-PR, que foi pego no exame antidoping na partida contra o CRB, no dia 9 de junho, e está suspenso pelo uso de cocaína pelo STJD, fez um pronunciamento na tarde desta quinta-feira e confirmou que é dependente químico. O jogador fará um tratamento por tempo indeterminado e só voltará ao grupo de jogadores após se recuperar totalmente do vício.

“Todos estão sabendo da minha situação. Sou um dependente químico e faz um tempo que pedi ajuda para o Atlético-PR porque estava precisando e o clube está me ajudando muito. Tenho que agradecer a todos e vou dar o meu máximo para sair dessa situação. Vou passar um tempo em um lugar para me recuperar e ela vai dar certo porque tenho dois filhos e vou me recuperar por eles”, disse Rodolfo no pronunciamento.

O clube confirmou que pretende dar total apoio para que o atleta possa superar o vício, mas admite que ele possa ter sido flagrado em outros exames anteriores por se tratar de um dependente químico. Logo após o pronunciamento, Rodolfo foi levado para uma clínica de recuperação para dependentes em Curitiba.

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“A partir do momento que esse menino de 21 anos disse publicamente que é um dependente químico, não se surpreendam e não atirem pedras, se qualquer outro resultado aparecer em um passado recente. Então, eventualmente, surgir uma nova notícia do uso de cocaína, não se surpreenda, pois ele é um dependente. O Atlético quer trata-lo como um atleta, mas antes disso, ele tem que ser um homem. O primeiro passo ele deu quando o clube ofereceu a chance dele se recuperar”, afirmou o advogado do clube, Domingos Moro.

O goleiro irá responder na Justiça Desportiva com base no artigo 2º, item 2.1, do Código Mundial Antidopagem: “presença de uma substância proibida ou de seus metabólicos ou marcadores em uma amostra colhida do atleta”. A tendência é que Rodolfo seja julgado em primeira instância na próxima semana e pelo Pleno do STJD em setembro.

Após as duas sentenças serem pronunciadas, a Justiça Desportiva Brasileira informa a decisão a Corte Arbitral do Esporte (CAS) – instância máxima da Justiça Esportiva, que tem sede em Lausanne, na Suíça, e que irá decidir se será necessário um novo julgamento. Rodolfo começou o ano como titular, mas perdeu a vaga na partida contra o time alagoano e deixou de ser convocado até para o banco de reservas.

* Autalizada às 18h