Inter de Milão manda representante ao Brasil e promete investir para tirar Lucas do São Paulo
Um diretor da Inter de Milão chegou ao Brasil para negociar o meia-atacante Lucas com o São Paulo. A oferta inicial teria sido recusada pelos paulistas. Oficialmente, o clube não confirma a conversa com os italianos e trata como “absurdas” as informações que partiram na Itália de que a Inter ofereceu 30 milhões de euros por Lucas.
"É um absurdo, uma mentira essa informação. Não existe nada disso", disse o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes. Um diretor do clube paulista indicou ao UOL Esporte que o São Paulo jamais aceitaria uma proposta menor do que a já feita pelo Manchester United há algumas semanas. Os ingleses ofereceram 32 milhões de euros (R$ 82 milhões) para contar com o camisa 7 tricolor, mas não conseguiram fechar negócio. Mais tarde, uma segunda proposta chegou aos 38 milhões de euros (R$ 99 milhões), também rechaçados no Morumbi.
Segundo a imprensa italiana, na conversa entre Marco Branca, representante da Inter, e o presidente Juvenal Juvêncio, comentou-se sobre uma proposta antiga do russo Anzhi Makhachkala, que teria chegado a fazer Lucas balançar. No entanto, não seria interesse do jogador, de sua família e de seu agente, a transferência para um país tão distante do centro do futebol.
Em Londres, o garoto de 19 anos está praticamente alheio às conversas sobre o seu futuro. Reserva da seleção olímpica brasileira, ele tem dito, em entrevistas, que prefere se concentrar em desempenhar seu jogo dentro de campo. E quer deixar as negociações para seu pai, seu agente e os dirigentes do São Paulo. Pelo Twitter, em meio ao turbilhão de especulações sem torno do seu nome, Lucas conversa com os amigos sobre banalidades e conta piadas.
A cúpula tricolor sente cada vez mais forte a pressão interna para conseguir números mais vantajosos para vender Lucas, e o jogador perdeu a condição de “inegociável”. Por isso, a direção resolveu assumir uma postura mais receptiva no mercado.
Os diretores já falam abertamente em aumentar o salário do atleta e melhorar seu contrato, que vence só no final de 2015. Trata-se de uma concessão no eterno confronto entre o Morumbi e Wagner Ribeiro, o empresário de Lucas, que sempre cobrou a “valorização” de seu cliente. Ele está na Inglaterra juntos com os pais do atleta e já foi acusado pelo diretor de futebol Adalberto Baptista de "acender velas" para vender o camisa 7. Caso a negociação não aconteça até o final da atual janela, que fecha em 31 agosto, é quase certo que o meia-atacante vá ganhar um salário maior. Mas até lá a novela ainda deve ter muitos capítulos.
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