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Patricia muda postura no Fla e tenta aliança com opositor para evitar cobranças maiores

Presidente assumiu as rédeas na crise, convocou reunião e demitiu dirigente do Fla - Fernando Azevedo/Fla Imagem
Presidente assumiu as rédeas na crise, convocou reunião e demitiu dirigente do Fla Imagem: Fernando Azevedo/Fla Imagem

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/09/2012 06h10

Acostumada ao silêncio diante dos problemas do clube, e até mesmo criticada por isso, a presidente Patricia Amorim resolveu mudar de postura na última crise do Flamengo. Após quatro derrotas consecutivas e mais uma série de questionamentos nos bastidores, a mandatária rubro-negro tomou as rédeas da situação, convocou uma reunião na sede da Gávea na última quinta-feira e iniciou um choque de gestão com a demissão de Paulo César Coutinho, então vice presidente de futebol.

A postura de Patricia surpreendeu até mesmo alguns de seus partidários mais próximos. Muitos apostavam que ela poderia adiar a decisão e evitar um desgaste político às vésperas da eleição que irá definir o futuro da presidência do clube, em dezembro.

"Sinceramente, nós não esperávamos isso. Tirar um vice sempre gera uma briga política, ainda mais em período eleitoral. E ela 'bateu no peito' e fez isso. Deve ter os seus motivos, mas foi uma mudança importante para o futebol", avaliou um dirigente ligado à mandatária.

E Patricia Amorim surpreendeu ainda mais na hora de escolher o sucessor de Coutinho. Tentando evitar maiores cobranças e futuros questionamentos pelos problemas no futebol, a presidente buscou se aliar a um ferrenho opositor, o ex-vice de futebol Marcos Braz, que foi demitido por ela em 2010.

Marquinhos, como é conhecido pelos mais íntimos no clube, foi a primeira opção pensada pela presidente e sua diretoria. Ambos, inclusive, se reuniram durante a noite de quinta-feira em um restaurante no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, mas ainda não haviam chegado a um acordo.

Com indefinições a respeito do futuro do comando do futebol do clube, a única certeza, por enquanto, são as novas medidas de Patricia para evitar uma nova "enxurrada" de críticas e minimizar a força da oposição em período eleitoral.