Topo

Advogado entra com habeas corpus para tentar liberar Viola; mulher do jogador diz estar arrependida

Viola (de boné) chega à delegacia de Santana de Parnaíba, onde foi detido   - Eduardo Anizelli/Folhapress
Viola (de boné) chega à delegacia de Santana de Parnaíba, onde foi detido Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

09/10/2012 14h28

O ex-jogador Viola permanece preso na Cadeia Pública de Carapicuíba por tempo indeterminado por desobediência, posse ilegal de arma de fogo e ameaça de violência doméstica. Mas o advogado do ex-atacante, Marcos Pelozato, disse que entrou com habeas corpus para tentar tirá-lo da prisão.

Ele reitera que não existe um prazo para a resposta do Tribunal de Justiça para o pedido do habeas corpus e alega ter as provas de que o ex-atacante tinha porte de arma.

“Não tem prazo, a lei não dá prazo de saída. Até segunda ordem, ele segue lá por tempo indeterminado. Ele tem o porte dos armas de fogo. O porte é pra arma de fogo, e ele tinha”, falou Marcos Pelozato ao UOL Esporte. O advogado disse que o jogador está “chateado” com todo o ocorrido.

Andreza Nunes, mulher de Viola, não atende telefonemas, e, de acordo com a pessoa que atende o seu celular, não dará nenhuma entrevista até que o caso se resolva. A pessoa próxima a Andreza, que se identifica como "assessora" da mulher do atacante, disse que ela está chateada e arrependida.

“Ela está em um momento difícil, depressiva, chorando muito e com certo arrependimento. Ela criou uma situação no impulso e agora  e está nervosa, chorando bastante. Está com os pais”, falou.

Ela disse que Andreza tentou contato com Viola nos últimos dias, mas não conseguiu. Viola foi detido na noite sexta-feira em Santana do Parnaíba por desobediência, posse ilegal de arma de fogo e ameaça de violência doméstica. Andreza prestou queixa por ameaça de violência doméstica.  O resto das detenções foi feito por flagrante.

Por volta de 22h30 desta sexta, um oficial de justiça foi até a residência de Viola, em Tamboré, mas não foi atendido. Viola teria descumprido ordem judicial que dava a guarda de seu filho à mãe da criança, que estava junto do oficial. 

Ele solicitou reforço e, acompanhado pelo delegado, continuou sem respostas de Viola. Com isso, a Polícia Civil foi acionada, invadiu a casa e realizou a detenção.

De acordo com o delegado, Viola teria ameaçado a esposa de morte e até disse que cometeria suicídio. 

Na residência de Viola, foram achadas duas armas, sendo uma pistola não registrada, além de carregadores e um silenciador.

Viola já havia sido detido em 2006 por porte ilegal de armas. Naquela oportunidade, o jogador foi acusado pela mulher de tentar buscar o filho enquanto estava bêbado. Ela impediu que ele levasse a criança e chamou a polícia.

Depois que o PM chegou, encontrou uma espingarda calibre 12 no carro de Viola. Ele tinha registro para uso da arma, mas não para transporte.