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Dinamite sofre cobrança de torcedores e anuncia acúmulo de cargos no Vasco

Roberto Dinamite conversa com os torcedores antes de deixar a sede de São Januário - Vinicius Castro/ UOL
Roberto Dinamite conversa com os torcedores antes de deixar a sede de São Januário Imagem: Vinicius Castro/ UOL

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

30/10/2012 17h22

Presidente do Vasco, Roberto Dinamite concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, em São Januário, com o objetivo de minimizar a crise política que toma conta do clube. Durante o encontro com os jornalistas, o mandatário anunciou que irá acumular a vice-presidência de futebol até o fim do ano e descartou qualquer possibilidade de aliança com Eurico Miranda. Ao deixar o local, Dinamite encontrou com cerca de 15 membros da principal organizada cruzmaltina e sofreu cobrança pacífica sobre a má fase do time.

Antes de entrar em seu carro, o presidente recebeu o pedido por uma reunião com os torcedores. O mandatário prometeu um encontro na próxima quarta-feira e ouviu críticas contra o desempenho de alguns atletas e o trabalho do diretor de futebol Daniel Freitas. Conselheiros e seguranças acompanharam o rápido encontro, que não teve qualquer iniciativa violenta.

Durante a entrevista coletiva, Roberto Dinamite admitiu a crise política do Vasco e o problema para a reposição na vice-presidência de futebol. Com o cargo vago há quase dois meses, o dirigente decidiu acumulá-lo e esperar Ercolino Jorge de Lucca para janeiro de 2013. Anteriormente, José Hamilton Mandarino, Nelson Rocha e Fred Lopes deixaram as vice-presidências de futebol, finanças e patrimônio, respectivamente. Nelson de Almeida assumiu a pasta de finanças, enquanto Manuel Barbosa e Manuel Santos são os responsáveis pelo patrimônio.

“Ninguém é obrigado a ficar no clube. Meus vice-presidentes estão aqui para dar continuidade ao trabalho. O vice de futebol é importantíssimo. Infelizmente, o Ercolino está com um problema de saúde e teve que se ausentar. Por esse motivo assumo a vice-presidência a partir de hoje [terça-feira] e esperamos a vinda do Ercolino a partir de janeiro”, afirmou o mandatário.

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Dinamite mostrou-se contrariado com algumas notícias vinculadas sobre a crise cruzmaltina e rechaçou qualquer possibilidade de aliança política com o ex-mandatário e atual presidente do Conselho de Beneméritos, Eurico Miranda.

“A minha relação com o ex-presidente é apenas institucional. Ele tem um poder dentro do clube. Respeito todo mundo, mas tenho opinião. As coisas estão se invertendo. Não existe a mínima possibilidade de se estreitar qualquer relação com o Eurico Miranda. Cada um vive a sua vida. Se eu estiver em uma mesa tenho que respeitá-lo, mas não na minha vida pessoal. Houve uma disputa muito grande para chegarmos ao poder. Não existe nada que me coloque ao lado do ex-presidente hoje”, comentou.

Por fim, Roberto Dinamite admitiu os problemas com salários atrasados e assegurou que jamais recebeu em dia enquanto foi atleta do Vasco. O dirigente considerou normal o débito pelos padrões atuais do futebol brasileiro.

“Em 20 anos nunca recebi salário em dia como atleta do Vasco. Não estou me justificando. Está errado e buscamos cumprir as obrigações com os nossos jogadores. Dentro do futebol brasileiro é um atraso que acontece. O Vasco deve um mês aos nossos profissionais. Temos outras pendências, mas com esse mesmo grupo já tivemos mais tempo de salários atrasados”, encerrou.