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Atacante Max, ex-Palmeiras e América-RN, leva gancho de dois anos por uso de cocaína

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/11/2012 17h26

O atacante Max, ex-Palmeiras e América-RN, foi punido por dois anos por uso de cocaína em julgamento realizado na tarde desta sexta-feira no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O jogador já tinha sido punido preventivamente após ter sido pego até mesmo na contraprova. Na oportunidade, o clube potiguar rescindiu o contrato do atleta.

Além da pena de dois anos sem poder jogar profissionalmente, Max ainda foi multado em R$ 1 mil porque não colaborou com a Justiça Desportiva. A decisão aconteceu por maioria de votos (3 a 1) na Quarta Comissão Disciplinar. Ele ainda pode recorrer da decisão no Pleno do STJD.

Max foi flagrado em exame realizado após a partida entre América-RN e Ipatinga, no Nazarenão, dia 20 de julho, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Assim, o atacante respondeu a denúncia com base no artigo 2º, item 2.1, do Código Mundial Antidopagem, pela “presença de uma substância proibida ou de seus metabólicos ou marcadores em uma amostra colhida do atleta”.

O jogador ainda foi enquadrado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: no artigo 220-A, acusado de “deixar de colaborar com os órgãos da Justiça Desportiva e com as demais autoridades desportivas na apuração de irregularidades ou infrações disciplinares”e no 258, por “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código.” No primeiro, ele poderia levar uma multa de até R$ 100 mil e no segundo a suspensão poderia ser de até seis jogos.

"Eu não sou acostumado a assinar com rubrica por não ter muito estudo, e com medo de alguém assinar por mim sempre assinei o nome completo. No primeiro momento afirmei que não era minha (a amostra) e, se tivesse me recordado que tinha feito uso dessa substância, jamais teria feito a contraprova. Estava passando por um momento difícil, não tinha conseguido assinar contrato, minha família toda depende de mim e no momento de fraqueza acabei utilizando a substância. Juro que não me lembrava, passei dois meses treinando e estava com ânsia de atuar. Se me lembrasse que tinha feito uso, não teria ido para o jogo. Confirmei que usei", disse Max, em seu depoimento revelado pelo site Justiça Desportiva.

Max ainda chegou a dizer em que circunstância acabou fazendo uso da droga. “Foi muito antes. Na época eu estava em Minas e fui para Natal acertar com o América-RN. Fiquei dois meses no clube. Moro em Natal e com minha noiva e somos evangélicos. Infelizmente o diabo me pegou nesse caso. Tinha brigado com ela e estava com problemas que não eram resolvidos no lado profissional. Discuti com minha noiva e fui para uma festa, onde fiz o uso", revelou.