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Inter promete treinador experiente e "correção de rumo" no vestiário para 2013

Luigi (c) segue no cargo por mais dois anos, mas promete mudanças no futebol do Inter - Alexandre Lops/AI Inter
Luigi (c) segue no cargo por mais dois anos, mas promete mudanças no futebol do Inter Imagem: Alexandre Lops/AI Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

09/11/2012 06h00

Passada a eleição presidencial, decidida em primeiro turno, o Internacional volta seus olhos para a agenda e o telefone. A diretoria reeleita quer alterar bastante o organograma do vestiário em 2013. A começar por um técnico experiente, totalmente o oposto de Fernandão.  Depois passando por mudanças no elenco e até em outros vértices do vestiário vermelho.

    LUIGI, "O PRESIDENTE DAS NOVELAS"

  • A reeleição de Giovanni Luigi, dentro do Conselho Deliberativo, tem grande influência de suas atuações em casos fora do futebol do Internacional.

  • No mandato em vigor, ele encarou problemas críticos como o contrato de reforma do Beira-Rio com a Andrade Gutierrez, a briga jurídica com o São Paulo por Oscar e as permanências de D'Alessandro e Leandro Damião. Além da interdição do estádio pelo Ministério Público-RS.

  • Passagens desgastantes que afetaram a saúde do mandatário. Em agosto, Luigi ficou acamado por uma crise de hérnia de disco e quase desistiu de concorrer outra vez. Aos 53 anos, ele seguirá no cargo máximo do clube gaúcho até o final de 2014.

“Não há terra arrasada, mas é natural que se faça algumas correções de rumo ao final de cada temporada. Tomarei algumas medidas neste sentido. No futebol, sim, mas em outras áreas do clube também”, discursou Giovanni Luigi tão logo foi confirmado como presidente reeleito do Colorado.

Para a casamata, experiência. Abel Braga, Muricy Ramalho e até Vanderlei Luxemburgo, em vias de renovar com o arquirrival Grêmio, estão em uma lista que nem ganhou o papel ainda. Apenas repousa na cabeça de Luigi e seus aliados.

“Depois do campeonato vamos pensar nisso”, desconversou Luigi. Questionado sobre o pouco tempo que teria para contatar treinadores de ponta, em caso de espera pelo dia 3 de dezembro, o mandatário sorriu e encerrou a conversa com ar enigmático.

Para o vestiário, mais mexidas. Do grupo de jogadores atual, apenas Bolívar tem a saída acertada. O zagueiro que atuará contra a Ponte Preta pela pura necessidade já entrou em acordo para deixar o Beira-Rio. O lateral esquerdo Kleber está no meio do caminho, entre o adeus e o fico. Já Nei deve ter o contrato renovado nos próximos dias, mesmo após retrocesso na negociação em virtude da comissão do empresário.

As mudanças maiores no âmago do futebol vermelho devem chegar pelas beiradas. Alterações em departamentos como o médico e até o de preparação física. A chamada comissão técnica permanente. O cargo político junto ao vestiário também terá uma troca. Luciano Davi, muito criticado pela falta de experiência, não ficará. Marcelo Feijó Medeiros, 1º vice-presidente eleito nesta quinta-feira, é o ficha um para a vaga.

“Respeito meus colegas e amigos que estão lá e agora não tem nada [sobre a função de vice de futebol]. Mas a certeza para o novo ano é de que temos que ter profissionais de ponta no futebol. Vamos procurar profissionais no nível que o Inter precisa”, comentou o dirigente.

Ao lado do vice de futebol estará um diretor executivo. Posto desativado desde a transformação de Fernandão, em meados de julho. Felipe Ximenes, do Coritiba, foi procurado justamente após a troca de treinadores e o contato pode ser refeito agora.

Com menos de 1% de chances de ir à Libertadores, o Internacional utilizará os quatro jogos finais do Brasileirão como escudo para fugir de revelações sobre as mudanças. A estratégia também vai dar tempo para que Giovanni Luigi agilize as contratações.