Topo

Reforma do Beira-Rio influencia e Inter terá mulher na direção pela primeira vez

Diana Oliveira é diretora de patrimônio e em janeiro assume cargo de 2ª vice-presidente - Jeremias Wernel/UOL Esporte
Diana Oliveira é diretora de patrimônio e em janeiro assume cargo de 2ª vice-presidente Imagem: Jeremias Wernel/UOL Esporte

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

09/11/2012 15h06

A diretoria do Internacional para o biênio 2013-2014 já está na história do clube. Pela primeira vez um cargo diretivo, eleito pelos conselheiros, será entregue a uma mulher. Diana Oliveira, 34 anos, será a 2ª vice-presidente do novo mandato de Giovanni Luigi. E para chegar a um lugar inédito, ela contou com os reflexos de sua função na reforma do estádio Beira-Rio.

     LUIGI, "O PRESIDENTE DAS NOVELAS"

  • A reeleição de Giovanni Luigi, dentro do Conselho Deliberativo, tem grande influência de suas atuações em casos fora do futebol do Internacional.

  • No mandato em vigor, ele encarou problemas críticos como o contrato de reforma do Beira-Rio com a Andrade Gutierrez, a briga jurídica com o São Paulo por Oscar e as permanências de D'Alessandro e Leandro Damião. Além da interdição do estádio pelo Ministério Público-RS.

  • Passagens desgastantes que afetaram a saúde do mandatário. Em agosto, Luigi ficou acamado por uma crise de hérnia de disco e quase desistiu de concorrer outra vez. Aos 53 anos, ele seguirá no cargo máximo do clube gaúcho até o final de 2014.

Diana Oliveira é atual diretora de patrimônio do Inter. Um dos elos entre o clube, seus engenheiros e a Andrade Gutierrez. No processo moroso de negociação do contrato de parceria com a construtora foi porta-voz do Colorado em diversas conversas técnicas do projeto de reforma.

“Já tenho uma rotina no clube, não vou começar a frequentar ele agora. Mas a responsabilidade é outra, claro. Estou assumindo um compromisso tremendo até a Copa do Mundo”, disse a primeira mulher a fazer parte de uma direção do Internacional.

A atuação dela nos bastidores foi lembrada pela situação política na hora de formar a chapa que buscou reeleição. Diana ficou com o cargo ocupado por Dannie Dubin na gestão que se iniciou em 2011. Integrante da rotina do clube desde 2008, quando se tornou conselheira, ela não cogita ser presidente em curto espaço de tempo.

“A ambição pode existir, mas vejo isso muito distante. Se fosse agora, se por um acaso existisse a possibilidade, não assumiria. Eu não tenho tudo aquilo que um presidente precisa. E nem me vejo com isso em pouco tempo”, argumentou.

A reeleição de Giovanni Luigi ocorreu nesta quinta-feira, no Conselho Deliberativo. O atual presidente segue no comando do clube por ter confirmado a maioria de votos entre os conselheiros e por nenhum de seus opositores ter conseguido superar a cláusula de barreira de 25%. A decisão interna frustrou mais de 70 mil torcedores que estão aptos a votar em um chamado segundo turno.

Giovanni Luigi somou 166 votos contra 80 de Luiz Antonio Lopes e 64 votos de Sandro Farias. Aos todo, 314 conselheiros participaram do pleito. Apenas três votaram em branco e um nulo. Além de Diana Oliveira, Marcelo Feijó Medeiros também faz parte da chapa vencedora.