Del Nero diz que contratou empresa alvo da polícia, mas alega não ter acessado dados ilegais

Ao explicar ser alvo de investigação da Polícia Federal, o presidente da Federação Paulista de Futebol e vice da CBF, Marco Polo Del Nero, disse que contratou uma empresa para investigar uma terceira pessoa, mas que recusou dados obtidos de forma ilegal. A agência é uma das acusadas por policiais de quebrar ilegalmente sigilos fiscal, bancário e telefônico, e até fazer intercepções de forma irregular.
O cartola é investigado pela PF na Operação Durkheim e deve ser indiciado, segundo apurou o UOL Esporte. Foi apreendido computador na casa dele e o cartola ainda foi conduzido de forma coercitiva para depor sobre o caso. Cerca de 180 pessoas foram vítimas de procedimentos irregulares.
Uma nota oficial de Del Nero afirma que, como ia formalizar situação jurídica com uma pessoa, decidiu obter “informações detalhadas acerca de sua vida pretérita, de seu comportamento moral e social”. Para isso, alega que contratou uma empresa prestadora de tais serviços que achou na internet.
A PF afirmou que empresas investigadas se apresentavam como detetives particulares. Obtinham informações de forma ilegal com policiais, funcionários de bancos ou públicos.
A empresa contratada pelo cartola repassou, de fato, informações da terceira pessoa para o cartola. Mas, segundo ele, isso ocorreu dentro da “mais estrita legalidade inclusive apresentado certidões e informes a todos disponíveis nos registros públicos.”
Em seguida, de acordo com Del Nero, a empresa lhe apresentou um relatório sobre “mensagens escritas enviadas por essa pessoa a terceiros, o que despertou estranheza e preocupação visto que tal proceder extravasa a normalidade”.
O dirigente afirmou que, posteriormente, a empresa que contratou caiu “nas malhas da denominada ‘Operação Durkheim’ da Polícia Federal”. A partir daí, foram encontrados registros dos serviços prestados para Del Nero, disse a nota da FPF.
Com isso, a polícia fez a apreensão na casa do cartola e também na federação, como explicou ele. E disse ter comparecido à polícia de forma espontânea, embora informações da PF indiquem que ele foi conduzido de forma coercitiva para dar o depoimento.
Del Nero não quis dar o nome da empresa que contratou porque a investigação corre sob sigilo. Mas reafirmou que seu envolvimento não tem relação com sua atuação no futebol ou com de advogado.
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