Topo

Vasco busca empréstimo de R$ 20 milhões para pagar salários antes do fim de 2012

Olavo Monteiro de Carvalho (e) participa do fundo de investimento para o Vasco - Pedro Ivo Almeida/ UOL Esporte
Olavo Monteiro de Carvalho (e) participa do fundo de investimento para o Vasco Imagem: Pedro Ivo Almeida/ UOL Esporte

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/11/2012 18h07

Com 100% das receitas penhoradas, o Vasco recorre ao grupo formado por torcedores ilustres para pagar os dois meses de salários atrasados e zerar dívidas com atletas e funcionários antes do fim de 2012. Os dirigentes criaram um fundo para capitalizar R$ 20 milhões em empréstimo. A ideia é a de quitar o passivo de pouco mais de R$ 10 milhões com o elenco, pagar aos funcionários, e aproveitar o restante para investir em reforços na próxima temporada.

Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Assembleia Geral, Jorge Salgado, benemérito, Antonio Peralta, vice-presidente geral, e Francisco Moura são os centralizadores da iniciativa. Junto com a colaboração, os dirigentes buscam uma reforma administrativa para evitar a repetição do caos financeiro.

A diretoria estipulou como meta não entrar 2013 com pendências junto ao quadro de atletas e funcionários. A alternativa é praticamente a última após mais uma negativa da Justiça em torno do desbloqueio das receitas. Na quarta-feira, o juiz Vladimir Santos Vitovsky, da 9ª Vara de Execução Fiscal do Rio de Janeiro, negou o pedido de redução da penhora do Vasco de 100% para 2,5%.

Agora, o departamento jurídico estuda um acordo com a Receita Federal em relação ao débito de R$ 60 milhões. A possibilidade de a redução ser aceita em janeiro é considerável para os dirigentes. Com isso, as cotas seriam liberadas e o Vasco poderia pagar o empréstimo junto aos torcedores ilustres.

Além disso, o clube tentará equilibrar o caixa no início do ano demitindo 300 funcionários. No entanto, a situação só será feita com o desbloqueio das receitas. Isso porque, a diretoria deseja reduzir o quadro pagando aos funcionários todos os direitos, já que a administração não pretende aumentar o número de credores e ações na Justiça.