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Ex-secretário-geral da CBF acusa Del Nero de tentar dar um golpe na entidade

Marco Antonio Teixeira, tio de Ricardo Teixeira, fez acusações a Marco Polo Del Nero - Eduardo Knapp/Folha Imagem
Marco Antonio Teixeira, tio de Ricardo Teixeira, fez acusações a Marco Polo Del Nero Imagem: Eduardo Knapp/Folha Imagem

Pedro Ivo Almeida, Vinicius Castro e Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/12/2012 15h30

O ex-secretário-geral Marco Antônio Teixeira afirmou que o vice-presidente da CBF Marco Polo Del Nero tenta dar um golpe para assumir o poder na entidade. Tio do ex-presidente Ricardo Teixeira, o cartola deixou o cargo de número 2 da confederação um pouco antes da renúncia do antigo comandante da entidade.

Desde então, Marco Antônio tem feito o papel de oposição à atual gestão da CBF, criticando medidas tomadas pelo novo chefe da confederação, José Maria Marin, e seu aliado Del Nero. Agora, disse que o dirigente da Federação Paulista de Futebol usa seus cargos para fazer campanha internamente dentro da confederação.

"O Del Nero não pode estar lá [na CBF]. Ele deveria ter o mínimo de nobreza e ética e disputar as eleições presidenciais como todos os outros. Ele usa a CBF para planejar e organizar sua própria eleição. Isso não pode ocorrer. Se quer se candidatar, que seja da maneira mais digna. É brincadeira, um golpe", atacou o ex-secretário-geral.

A decisão de Ricardo de Teixeira de dar força a Del Nero foi o motivo para Marco Antônio deixar a entidade, pelo menos pela explicação do ex-secretário-geral. Tio e sobrinho já tinham se distanciado dentro da CBF antes da saída, mas o desligamento do cartola da CBF determinou um rompimento definitivo.

"Deixei a CBF porque não quis aceitar o projeto do Ricardo. Ele queria determinar a continuidade do poder nas mãos do Del Nero. Isso não pode. Discordei de tudo e ele me demitiu. Não tinha mais clima para continuar. Fui contra muitas coisas ali dentro", observou.

A reportagem do UOL Esporte tentou contato com Marco Polo Del Nero durante esta tarde, mas o dirigente da CBF não foi localizado através de ligações telefônicas para comentar o caso.