Pelo 2º ano seguido, Cruzeiro luta contra assédio sobre Montillo e dificulta saída de argentino
Pelo segundo ano consecutivo, o principal desafio da diretoria do Cruzeiro é conseguir manter o argentino Montillo. Assediado por clubes brasileiros para negociar seu camisa 10, o clube celeste tem se mantido firme no que pretende receber para vender o jogador e, por ter melhorado sua condição financeira em relação ao início da temporada, acredita estar menos suscetível a vender o atleta.
Pendências entre empresário e Portuguesa paralisam negociação do Cruzeiro por Ananias
-
O anúncio da contratação do atacante Ananias era para ter sido feito junto com as aquisições do lateral esquerdo Egídio e do volante Uelliton, na última segunda-feira, quando Marcelo Oliveira foi apresentado como novo técnico do Cruzeiro. Porém, pendências entre o empresário do jogador, Antonio Gustavo, e a Portuguesa, dona de 50% dos direitos econômicos do jogador, paralisaram a negociação com o clube celeste e “atrasaram” o acerto do contrato.
“O Montillo é um jogador de qualidade e muitos realmente querem ele. O Cruzeiro já falou que não quer vender o Montillo, que ele não está à venda, a não ser que chegue uma boa proposta. Ele faz parte do nosso planejamento e também do novo treinador”, disse o presidente do clube celeste, Gilvan de Pinho Tavares.
O dirigente já deixou claro que negocia Montillo apenas por 15 milhões de euros. E, segundo ele, nenhuma proposta pelo jogador argentino chegou próximo do que pretende o clube mineiro. O armador tem contrato até 2015 e já teria acertado as bases salariais e contrato de três anos com o Santos.
Porém, a diretoria celeste negou as duas propostas feitas pelo Santos. A última nessa quarta-feira, depois de o Santos aumentar os valores da proposta na noite do dia anterior. Foram oferecidos5 milhões de euros e incluiu o volante Henrique na transação, que entra no negócio pelo valor de 1 milhão de euros.
Porém, o presidente celeste disse que os valores “nem chegaram perto” do que pretende o Cruzeiro, dono de 60% dos direitos econômicos do argentino. Outros 20% são do Banco BMG e 20% pertencem a empresários mineiros.
No ano passado, a diretoria ficou “balançada” com as propostas de Corinthians e São Paulo. Na época, o Cruzeiro não tinha dinheiro sequer para pagar o salário dos jogadores e a venda do argentino seria uma “solução”. Porém, o presidente decidiu não aceitar os valores e manteve o argentino, concedendo a ele um aumento salarial.
Nesta temporada, o clube celeste garante que conseguiu reequilibrar as contas e agora tem mais poder de “barganha” em uma possível transação. O pedido do técnico Marcelo Oliveira para que Montillo permaneça também pesa nas decisões da diretoria.
Além do Santos, o Cruzeiro também recebeu propostas de São Paulo e Fluminense pelo argentino. O primeiro ofereceu 4 milhões de euros, mais o volante Casemiro e o zagueiro João Felipe. Porém os dois jogadores não eram consideradas peças para suprir a ausência de Montillo.
O Fluminense também propôs uma troca por dois jogadores – o meia Wagner e o meia-atacante Rafael Sóbis. Porém, os dois atletas são considerados “reservas” pelo Cruzeiro e seus salários custariam o dobro do que recebe Montillo atualmente.
Seja o primeiro a comentar
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.