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Juvenal engrossa coro de Ceni e se diz preocupado em repor saída de Lucas: "Ele é raro"

Juvenal presta homenagem na despedida de Lucas após o título da Sul-Americana - Junior Lago/UOL
Juvenal presta homenagem na despedida de Lucas após o título da Sul-Americana Imagem: Junior Lago/UOL

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

14/12/2012 06h00

A ausência de Lucas na equipe do São Paulo na próxima temporada deverá tirar o sono de torcedores e dirigentes do clube. A começar pelo presidente Juvenal Juvêncio, que admitiu em entrevista exclusiva ao UOL Esporte que está preocupado em conseguir repor a saída de seu principal jogador neste ano.

"Isso me preocupa sempre, não tenha dúvida. O Lucas é um jogador raro. Não se acha outro como ele a todo momento. E ele é raro também como cidadão. Uma pessoa de altíssimo nível, um jogador excepcional", afirmou o dirigente, sem esconder a admiração pelo camisa 7, negociado com o Paris Saint Germain, da França. 

No fim de novembro, quando a equipe paulista conseguiu a vaga para a decisão da Copa Sul-Americana, o goleiro Rogério Ceni foi outro que admitiu preocupação com a negociação do meia/atacante. Para o capitão, o jogador representava cerca de 40% do São Paulo na temporada. 

"O Lucas hoje vale 40% do nosso time. Com ele em campo, todos somos coadjuvantes. É um caso seríssimo para se pensar para 2013. Espero que a gente consiga compensar de alguma maneira", afirmou o goleiro à época. 

Após a conquista da Sul-Americana, na quarta-feira, a diretoria do São Paulo se movimenta agora para reforçar e anunciar as contratações para o ano que vem.

"Eu vou tentar repôr [o Lucas], claro, mas sinceramente não tenho o nome ideal ainda. E não que eu ache que não temos alguém no nosso plantel para suprir a saída do Lucas. Temos, sim. Mas estou olhando isso com rigor. É um desejo meu", completou o presidente. Juvenal descartou ainda a possibilidade de contratar apenas jogadores sem contrato, que chegariam de graça ao São Paulo. 

"Nunca tivemos essa política de contratar somente de graça. O São Paulo quer é pagar barato. Temos competência de procurar jogadores em situações especiais. O que nos seduz é o talento, não o preço. Mas é claro que se você tem duas situações de jogadores com talentos semelhantes, e um deles tem contrato por mais três anos e o outro está findando o contrato, é melhor pegar este que está no fim, sem dúvida", declarou o dirigente.