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De olho em retorno ao Brasil, Betão diz que sua história no Santos ainda não acabou

Renan Prates

Do UOL, em São Paulo

23/12/2012 06h00

"Parece que minha história não acabou lá". Foi assim que o zagueiro Betão, atualmente no Dinamo de Kiev, falou ao UOL Esporte sobre sua passagem pelo Santos. Após cinco anos no futebol ucraniano, ele está tão disposto a sair de lá que já fala até em definir o seu retorno antes do fim de suas férias, na segunda semana de janeiro, em São Paulo.

A esposa de Betão, Priscila, está grávida de cinco meses do segundo filho do casal. Para evitar o desgaste das viagens de 15 horas de avião entre Kiev e São Paulo, o zagueiro de 29 anos obteve a garantia do presidente de que o liberaria em caso de uma proposta do Brasil, que segundo o jogador ainda não chegou.

Criado no terrão do Corinthians, Betão estava no time que foi rebaixado para a Série B em 2007. No ano seguinte, ele foi para o Santos e nem chegou a ficar um semestre no clube da Vila Belmiro, onde disputou a Libertadores de 2008, competição em que o Peixe caiu nas quartas contra o América do México. Mas o zagueiro só faz elogios ao antigo clube.

“Fiquei cinco meses só, mas foi um momento muito feliz na minha carreira, tanto como jogador quanto fora de campo, caso da minha esposa, que me disse ter passado lá a melhor fase de adaptação a uma cidade. Ela gostou muito”, relembrou Betão.

“Fui muito bem recebido lá. Mesmo vindo do rival, as pessoas me tratam com muito carinho. Até hoje nas redes sociais e nas ruas, o torcedor santista se dirige para mim de uma maneira boa, com um sentimento bacana”.

A reportagem procurou o vice-presidente Odilio Rodrigues e o superintendente de futebol Felipe Faro para comentar as declarações de Betão e falar se existe o interesse em trazer o jogador, mas ambos não atenderam às ligações até a publicação desta reportagem.

Apesar dos elogios ao Santos, Betão disse não ter preferência de clube no retorno ao Brasil. Ele também diz não acreditar que o salário será um fator que impedirá a sua volta, devido ao crescente poderio econômico do futebol brasileiro.

“Como no Santos eu fiquei pouco tempo, parece que minha historia não acabou lá. Mas se houver proposta de qualquer outro clube eu ouço sem problema nenhum. Muita gente fala que por defender Santos e Corinthians, eu não posso jogar em outro clube. Mas eu vejo de outra maneira”.