Zezé Perrella volta a defender negociação de Montillo: "É insanidade não vender"
Depois de se manifestar favoravelmente à venda do meia Montillo, o ex-presidente Zezé Perrella, que deixou o Cruzeiro há um ano, voltou a se posicionar sobre o assunto e, de forma mais enfática, disse que não negociar o armador argentino “é uma insanidade”. O Santos é o principal interessado no atleta e deve apresentar nova proposta à diretoria celeste.
Ex-dirigente vê "alguns equívocos" da atual diretoria, mas se diz otimista
Em entrevista a Rádio Esportes FM, nesta quinta-feira, Zezé Perrella mandou um recado a seu sucessor, Gilvan de Pinho Tavares, a quem apoiou nas eleições de outubro do ano passado, mas não tem poupado de críticas. Segundo o ex-dirigente, a atual diretoria errou ao não vender Montillo ao Corinthians no início desta temporada.
“O Montillo está com 29 anos. Por dez milhões de euros, deixar de vender o Montillo é uma insanidade. Será o segundo erro da diretoria não vendê-lo, igual ano passado para o Corinthians. Porque você fica com um jogador insatisfeito dentro do clube. Mas respeito a opinião do doutor Gilvan”, observou Zezé Perrella.
No início desta semana, o ex-presidente já havia se posicionado a favor da venda de Montillo. Perrella contou que descartou proposta de dez milhões de euros pelo meia argentino, ainda quando estava na presidência do Cruzeiro, a pedido de Gilvan Tavares. O atual mandatário já declarou que não abre mão de 15 milhões de euros pelo camisa 10 celeste.
A última proposta do Santos ao Cruzeiro foi de seis milhões de euros e mais um “pacote de atletas” para bancar o valor equivalente aos 60% dos direitos econômicos de Montillo.Porém, o clube celeste não aceitou os valores, apesar de o Santos ter afirmado não ter recebido um “não”.
Entre os cinco atletas oferecidos, três foram titulares na equipe paulista: os volantes Adriano e Henrique e o atacante Miralles. Além do trio, a cúpula santista também disponibilizou o zagueiro David Braz e o meia João Pedro, atletas sem espaço no elenco. Porém, os dois últimos não interessam.
O impasse principal acontece porque o Cruzeiro só aceita negociar o valor total do jogador, enquanto o Santos quer fechar valores com cada uma das partes. No entanto, a diretoria alvinegra não “bateu o martelo” com nenhum dos envolvidos na transação.
Além do Cruzeiro, os santistas ainda negociam os últimos detalhes com o argentino e os investidores que detêm parte de seus direitos econômicos. A EMS, empresa do setor farmacêutico, que possui 20%, o mesmo percentual do Banco BMG, patrocinador máster da camisa dos dois clubes.
O empresário do jogador, Sergio Irigoitia, afirmou que o atleta está próximo de um acordo. Mas o agente está “blindado” das negociações, que acontecem apenas entre os investidores e os dois clubes.
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