Topo

Betão, que caiu com o Corinthians em 2007, celebra título mundial: "alguém abriu o olho"

Betão: "Alguém abriu o olho né. Na época que estive lá, a coisa era bem desordenada" - Fernando Santos/Folha Imagem
Betão: "Alguém abriu o olho né. Na época que estive lá, a coisa era bem desordenada" Imagem: Fernando Santos/Folha Imagem

Renan Prates

Do UOL, em São Paulo

28/12/2012 06h00

O título mundial do Corinthians conquistado neste ano no Japão foi celebrado também pelos atletas que viveram o pior capítulo da história do clube. Presente no rebaixamento para a Série B em 2007, o zagueiro Betão viu a taça amealhada no Japão como uma prova de que a filosofia no Timão finalmente foi mudada.

“Ainda bem que alguém abriu o olho né. Na época que estive lá, a coisa era bem desordenada. Não sei se ficava claro isso para vocês. Tive 14 treinadores desde 2001, quando subi para o profissional, até 2007. Hoje você vê o Tite, se não me engano há dois ou três anos no cargo, vê que o clube tem planejamento. Não é porque errou em um jogo que já tem que trocar. Hoje a gente vê filosofia, estrutura”, elogiou Betão em entrevista ao UOL Esporte.

“O Corinthians manteve o padrão desde a Libertadores, e é muito difícil levar o mesmo padrão para o Mundial”, elogiou o zagueiro do Dinamo de Kiev.

Depois do rebaixamento, Andrés Sanchez assumiu a presidência do Corinthians com a dura tarefa de reconduzir o clube ao caminho das conquistas, fato que foi solidificado com a vitória por 1 a 0 sobre o Chelsea na final do Mundial de clubes em dezembro deste ano.

Nas cinco temporadas após o rebaixamento, o Corinthians conquistou um Mundial, uma Libertadores, um Brasileirão, uma Copa do Brasil, um Paulista e uma Série B. Além disso, construiu um CT e está cada vez mais próximo de entregar um estádio próprio ao seu torcedor.

O cenário traçado no parágrafo acima é muito diferente do que Betão vivenciou no Corinthians durante as sete temporadas que atuou com a camisa do clube, como ele mesmo recorda bem.

“Treinei no Parque Ecológico, onde só tinha o vestiário de banheiro químico. Hoje o pessoal me encontra na rua e é engraçado, pois brincam: você roeu o osso e o pessoal está comendo o filé”.