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Blatter critica Milan por deixar o campo em caso de racismo contra Boateng: "não é solução"

Presidente da Fifa, Joseph Blatter, não apoia a decisão do Milan de deixar o gramado - Sebastião Moreira/EFE
Presidente da Fifa, Joseph Blatter, não apoia a decisão do Milan de deixar o gramado Imagem: Sebastião Moreira/EFE

Do UOL, em São Paulo

06/01/2013 14h01

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, não é favorável ao Milan no caso de racismo contra Boateng durante amistoso contra o o Pro Patria, clube da quarta divisão italiana. Neste domingo, o dirigente declarou não considerar a medida tomada pelo time italiano suficiente para combater o racismo no futebol.

"Deixar o gramado e o jogo não é solução. É preciso ter tolerância zero contra o racismo e adotar duras penas contra atitudes como esta", disse Blatter, em entrevista ao jornal O Nacional, de Dubai.

Na entrevista, o presidente da Fifa revelou que a Federação Italiana ainda não relatou o incidente à entidade máxima do futebol, mas disse que, em casos como este, as punições devem ser diretas aos clubes. "A única solução é ser muito duro nas sanções e penalidades, como retirar pontos ou algo parecido".

Blatter ainda reiterou que insultos racistas não podem continuar no futebol e que as torcidas devem saber se comportar bem para evitar casos como o do amistoso entre Milan e Pro Patria.

Na última sexta-feira, o meio-campista do Milan Kevin-Prince Boateng foi vítimas de cantos racistas da torcida do Pro Patria que, segundo ele, o chamavam de 'macaco'. Nervoso com a situação, o jogador chutou a bola contra a torcida e deixou o gramado, seguido por seus companheiros de equipe. No último sábado, o jogador chegou, até, a cogitar deixar o Milan e a Itália.

"Não é algo que você pode superar facilmente. Vou esperar mais três dias e falar com o meu agente para ver se ainda vale a pena ficar na Itália", disse, em entrevista ao jornal alemão Bild.

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