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Torcida de rival do Corinthians no Mundial fecha ruas do Cairo em protesto contra massacre

Torcedores do Al Ahly queimam pneus e param o trânsito no Cairo em protesto - AFP
Torcedores do Al Ahly queimam pneus e param o trânsito no Cairo em protesto Imagem: AFP

23/01/2013 12h59

Milhares de torcedores do clube egípcio Al Ahly, rival do Corinthians no Mundial de Clubes de 2012, fecharam as principais ruas do Cairo, capital do Egito, nesta quarta-feira, para protestar contra o massacre no estádio Port Said, em fevereiro do ano passado, quando 74 pessoas foram mortas durante uma briga em uma partida do Al Ahly contra o rival Al Masry

Centenas de veículos ficaram parados na ponte 6 de outubro, uma das principais vias da cidade, por causa dos manifestantes, que fechavam a passagem dos carros para a praça Tahrir, no centro de Cairo. Os torcedores queimaram carros e pneus, formando uma cortina de fumaça sobre a ponte.

O motivo das manifestações foi uma decisão do Tribunal Penal de Port Said, no nordeste do Egito, de adiar a sentença para o caso. O procurador-geral egípcio, Talat Abdalá, pediu ao Tribunal Penal da Port Said, no nordeste do país, que sejam abertas novas investigações sobre o incidente de quase um ano atrás, no qual são julgados 73 suspeitos. A sentença estava prevista para o próximo sábado, mas o tribunal adiará a decisão por conta  de novas provas apresentadas sobre o caso.

Torcedores do Al Ahly foram os líderes dos protestos contra os ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e contra a Junta Militar que governou o país após a queda de Mubarak e, recentemente, voltaram a confrontar as forças de segurança em manifestações contra o governo islamista de Mohamed Mursi.

BRIGA ENTRE TORCIDAS RIVAIS CAUSA 74 MORTES EM JOGO NO EGITO

  • Uma briga entre torcedores de times da cidade de Port Said, no Egito, acabou em tragédia. O confronto entre os fãs dos rivais históricos Al-Masri e Al-Ahli, um dos principais clubes do país, resultou na morte de 74 pessoas, entre elas um policial, até a tarde desta quarta-feira, segundo o governo, via a TV estatal egípcia. São 188 feridos também.O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que esta quarta-feira é um "dia negro" para o futebol. "Estou atordoado e lamento muito saber que, nesta noite, um grande número de torcedores de futebol morreu em uma partida no Egito", comentou.