Topo

Na Francana, Aloísio admite falta da 'comida da mamãe' e ainda é assediado por marias-chuteiras

Aloísio Chulapa acertou com a Francana para a disputa da terceira divisão estadual - Reprodução/Facebook da Francana
Aloísio Chulapa acertou com a Francana para a disputa da terceira divisão estadual Imagem: Reprodução/Facebook da Francana

Renan Prates

Do UOL, em São Paulo

28/01/2013 06h00

Com 38 anos completados neste domingo, Aloísio Chulapa decidiu adiar seu plano de aposentadoria em 2012 para aceitar o projeto da Francana, time que disputa a terceira divisão do Paulistão. Ele admitiu que a mudança de Alagoas para Franca o fez sentir saudades da comida da sua mãe, a dona Maria. O atacante frisou que, mesmo veterano, ainda recebe assédio das marias-chuteiras e brincou com o fato.

“[Assédio] Não é só com os mais jovens não. A gente está inteiro, ainda dá conta recado”, respondeu de forma bem humorada o folclórico atacante, em entrevista para o UOL Esporte.

Aloísio terminou 2012 no CRB, onde participou da campanha mal sucedida da equipe alagoana que terminou com o rebaixamento para a Série C do Brasileirão. A ideia inicial do atacante era se aposentar este ano pelo Sport Atalaia, time da pequena cidade onde nasceu.

ALOÍSIO DISSE TER MÁGOA DE FERNANDÃO E ENTREGOU APELIDO DE RICHARLYSON

Aloísio Chulapa conversou com o UOL Esporte em junho do ano passado e revelou duas coisas: o apelido de Richarlyson, seu companheiro na época de São Paulo, e a mágoa que tem com Fernandão, ex-técnico do Inter. “Às vezes ligo para ele [Richarlyson] para saber como está. Ligo, chamo até de corpinho. Falo: parabéns, jogou muito. Como amizade mesmo, ele é um irmão. No São Paulo a gente brincava: vai corpinho!”.

Sobre Fernandão, ele fez críticas indiretas ao ex-jogador, com quem trabalhou no Goiás em 1997 e 1998. “Fiquei muito triste com um jogador que era melhor amigo nosso, meu e do Alex Dias [atacante já aposentado]. De repente, subiu a cabeça o dinheiro. Ele parou de falar com o Alex, senti mais por ele do que por mim, por ele não tinha nada no Goiás. O Alex emprestou 100 mil e poucos reais, pois ele não tinha nem onde morar. Hoje não dá nem uma ligação para agradecer”.

Com passagens por Flamengo e São Paulo, onde foi campeão mundial em 2005, Aloisio aceitou o projeto da Francana, que almeja subir de divisão estadual. O atacante virou estrela na cidade e garoto-propaganda de duas marcas de cerveja, fato que o forçou a mudar a marca de preferência da sua bebida favorita. Mas ele não pareceu incomodado com isso. Muito pelo contrário.

“Sou apaixonado por um danone [forma como chama a cerveja], mas agora não posso mais nem falar na Skol. Agora tem que ser Devassa ou Glacial, que os donos estão patrocinando. Já ganhei duas caixas de danone com colarinho“, explicou o veterano jogador, que já aprovou a cerveja do patrocinador. “Entra suave, entra boa. Bem gostosa”.

Sou apaixonado por um danone [forma como chama a cerveja], mas agora não posso mais nem falar na Skol. Agora tem que ser Devassa ou Glacial, que os donos estão patrocinando. Já ganhei duas caixas de danone com colarinho. Entra suave, entra boa. Bem gostosa

Aloísio, sobre a mudança de cerveja

A Francana iniciou a sua caminhada no Paulista da Série A-3 neste domingo, quando enfrentou o São Vicente fora de casa. A estreia de Aloísio está programada para a segunda rodada, quando fará o clássico em casa contra o Sertãozinho, jogo que deve contar com lotação máxima por causa do novo ídolo.

“O clube completou no ano passado 100 anos, e está fazendo uma camisa 100 para eu jogar e o torcedor comprar para ajudar. Eles querem que venha sócio-torcedor. Estamos trabalhando, está sendo muito bom. Todos querendo o sucesso do clube. Certeza que vamos fazer de tudo para ficar entre os quatro e subir de divisão”, contou.

Bem sucedido na ida para Francana até o momento, Aloísio Chulapa só admitiu sentir falta de uma coisa: a comida da mamãe, dona Maria. Segundo o atacante, isto será solucionado quando ele mudar de residência na cidade.

“A adaptação está muito boa, adorei a cidade. Só conhecia por causa do basquete, que é muito falado. O hotel que estou é muito bom. Agora estão me levando para uma casa para eu poder trazer minha mãe para fazer aquela comida nordestina que eu sou apaixonado”, explicou Aloísio.

“É muito boa a comida aqui. Fui em restaurantes muito bons. Mas comida da mamãe é da mamãe, aquela comida nordestina, um frango ao molho pardo, uma buchada”, complementou o folclórico veterano.