Vasco obtém vitória na Justiça, reduz penhoras em 90% e diminui 'asfixia financeira'
O Vasco deu importante passo para diminuir a asfixia financeira que atinge o clube nos últimos meses. O clube de São Januário conseguiu na Justiça a redução de 90% no bloqueio de parte de suas receitas de 2012. A considerável diminuição é referente à penhora de recursos pelo INSS, instituída ainda no ano passado.
Antes da decisão judicial, o clube vinha tendo 100% de suas receitas penhoradas por conta de dívidas por falta de pagamentos de impostos. Por conta desta "asfixia", o Vasco atrasou salários e perdeu jogadores importantes no fim do ano passado, como Juninho Pernambucano, Felipe, Alecsandro, Fernando Prass, Nilton, entre outros.
CONFIRA PARTE DA DECISÃO DA JUSTIÇA SOBRE AS PENHORAS DO VASCO
O UOL Esporte teve acesso à decisão do Juiz Theophilo Miguel, do Tribunal Regional do Trabalho
Somente os contratos de Penalty, Ale e Ambev estavam envolvidas no recurso julgado pelo juiz Theophilo Miguel, do Tribunal Regional da 2ª região. Somados, os acordos somam pouco mais de R$ 10 milhões. O Vasco, no entanto, não terá acesso diretamente a 90% deste montante, já que alguns valores já haviam sido pagos e outros ainda estão por vencer.
"Não teremos acesso aos R$ 9 milhões. O contrato da Ale, por exemplo, já recebemos. Já o da Ambev está vinculado a melhorias no patrimônio. Somente passaremos a receber a quantia mensal paga pela Penalty, que não deixa de ser importante. Mas, desde o princípio, o nosso foco é acabar com as penhoras nos direitos de transmissão, que são uma fonte importante de renda para nós", explicou Cristiano Koehler, diretor geral do Vasco.
Nos bastidores, porém, a maior comemoração não é pelos valores recebidos, mas sim pelo fato de usar tal decisão como argumento de defesa em outro processo sobre penhora. A expectativa do clube é usar isso como jurisprudência para a liberação de recursos das cotas de televisão, da venda de Diego Souza, TIM e BFG. Estes valores estão bloqueados em virtude de ação da Receita Federal. O argumento será o mesmo usado no recurso julgado no dia 18 de fevereiro, de que o clube não pode sobreviver sem a renda proveniente destes compromissos.
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