Gaviões protesta na Avenida Paulista e quer libertação de torcedores

A Gaviões da Fiel fez um protesto na manhã desta terça-feira em frente ao consulado da Bolívia, próximo ao Masp, em São Paulo. Cerca de 500 corintianos uniformizados , segundo a Polícia Militar, exigiram a liberação dos torcedores que estão detidos em Oruro desde 20 de fevereiro após o incidente que vitimou o torcedor Kevin Espada, 14 anos, no duelo do Corinthians contra o San José, pela Libertadores.

A manifestação teve fim por volta de 14h40. De acordo com a Polícia Militar, o protesto foi pacífico e não foram registradas ocorrências. O trânsito também não foi muito afetado na região.

Ao todo, são 12 torcedores detidos na Bolívia, entre integrantes da Gaviões e da Pavilhão 9. Nesta terça-feira está marcado julgamento para decidir se os torcedores permanecem presos ou se ganharão liberdade para retornar ao Brasil.

Não será o primeiro protesto de torcedores uniformizados do Corinthians em frente à sede boliviana em São Paulo. No dia 2 de março, vários integrantes fecharam a Avenida Paulista em reivindicação à liberação dos presos. Faixas foram levadas ao protesto, em que pediam "Justiça" e "Liberdade aos 12 presos de Oruro".

Ao programa "Fantástico", o advogado da Gaviôes da Fiel, Ricardo Cabral, admitiu que outro torcedor da agremiação, mesmo de forma involuntária, participou do disparo do sinalizador que matou o adolescente boliviano Kevin Espada, 14. Ou seja, teria ajudado o menor apresentado como supostadamente culpado por soltar o rojão. Esse outro torcedor é Cristiano Rocha de Miranda, o Magrão, que deu a mochila com o instrumento para o menor e também está no Brasil.

Essa declaração do advogado foi feita após o programa apresentar opiniões de peritos criminais que apontaram a existência de um segundo torcedor que teria auxiliado o menor a soltar o sinalizador. Até agora, o menor alegava que agira sozinho.