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Fla atrasa obras por falta de recursos e prevê CT pronto para outubro

Os módulos 16 e 17 do CT Ninho do Urubu, destinados ao futebol profissional  - Rodrigo Paradella/ UOL
Os módulos 16 e 17 do CT Ninho do Urubu, destinados ao futebol profissional Imagem: Rodrigo Paradella/ UOL

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/03/2013 06h01

Principal projeto patrimonial do Flamengo desde 2008, o CT Ninho do Urubu (ou, oficialmente, CT George Halal) segue inacabado. A obra do setor referente ao futebol profissional – originalmente prevista para ficar pronta no início de 2012 – está distante da conclusão. No momento, a construção está totalmente parada, enquanto o clube procura recursos para dar seguimento ao plano. A previsão é encerrar as obras em outubro.

Por conta de penhoras sofridas no segundo semestre do ano passado, o montante inicialmente destinado à nova casa do Flamengo teve de ser remanejado para outros setores do clube. Os valores que serviriam para arcar com o restante das obras foram utilizados para lidar com outras situações consideradas mais emergenciais, como pagamento de salários, por exemplo.

“A obra está parada. Estamos batalhando para captar os recursos que precisamos para finalizar, aproximadamente R$ 8 milhões. Em uma previsão otimista, conseguiremos retomar a construção em abril. A partir deste momento, demoraremos mais seis meses para acabar os módulos 16 e 17 [setor do futebol profissional]”, explicou o vice-presidente de patrimônio Alexandre Wrobel ao UOL Esporte.

Visualmente, o CT de 136 mil m² ainda parece bastante distante da maquete divulgada pelo clube na gestão de Patrícia Amorim. Os módulos referentes ao futebol profissional são atualmente compostos por dois grandes prédios que têm apenas a estrutura pronta (ver foto 5 do álbum acima). Nenhum tipo de acabamento ainda foi feito nas edificações, que abrigarão 24 suítes, cinco vestiários, sala de imprensa, auditório, refeitório, áreas médicas, além de um depósito para o material esportivo do clube.

Enquanto as obras não avançam, o CT funciona de forma provisória com a ajuda de contêineres, como os do departamento médico da base (ver foto 1). O mesmo acontece com as salas da gerência (foto 4) e de imprensa, por exemplo. A área comum entre os departamentos ainda tem seu chão de terra, com buracos expostos e entulho acumulado em alguns pontos (ver foto 7).

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Do ponto de vista financeiro, o Flamengo tem algumas situações encaminhadas para a conclusão das obras. O acordo com a Brahma prevê investimento em equipamentos para os módulos 16 e 17, mais especificamente nos vestiários, sala de imprensa e gerência. A empresa cuidará da mobília e outros aspectos do acabamento desses setores em troca de exposição, assim como fez no Engenhão, por exemplo.

Outra esperança é a promessa da prefeitura do Rio de Janeiro de contribuir com a construção de CTs para os grandes clubes cariocas. O Flamengo é o único do grupo que ainda não fechou as tratativas com o prefeito Eduardo Paes. Vasco e Botafogo dividirão um terreno em Vargem Grande, enquanto o Fluminense terá um em Jacarepaguá. Como já tem o espaço necessário, o Rubro-negro espera receber uma quantia maior para finalizar as obras no Ninho do Urubu.

Além dos setores destinados aos profissionais, o projeto do Ninho do Urubu ainda tem estruturas previstas para as categorias de base do clube. A garotada, no entanto, ainda terá que aguardar a conclusão dos módulos do time principal. Apesar disso, os jovens já treinam rotineiramente nos campos já prontos do Ninho do Urubu, que somam cinco.